Guérrilla pour un fantôme é um livro de BD protagonizado pour Bernard Prince, da autoria de Hermann & Greg e datado de 1973. A versão portuguesa que disponho é um pouco posterior (Março de 1974) e, provavelmente por isso, por ter sido publicada antes do 25 de Abril, teve o seu título subtilmente modificado para O Regresso do Fantasma, não fosse aquela alusão à guerrilha dar-nos algumas ideias e a comparação transposta para o problema colonial…
Embora seja um grande apreciador do desenho de Hermann, nesta história considero que o destaque vai inteirinho para o argumento da mesma criado por Greg (Michel Regnier). Em síntese, o presidente de uma República latino-americana (Monteguana) é vítima de um atentado que destroi o seu iate de cruzeiro e ao qual escapa por acaso. O navio dos nossos heróis (o Cormoran), acidentalmente por perto, recolhe-o, assim como aos seus dois guarda-costas, os únicos sobreviventes da tragédia.
O atentado foi o pretexto para que houvesse um golpe de estado em Monteguana, desencadeado a pretexto da morte do presidente e anunciada pela comunicação social de Monteguana sem que tivesse havido qualquer pedido de socorro, quer fosse do iate presidencial, quer do Cormoran. Os tripulantes deste último vêm-se assim associados aos esforços do presidente eleito para recuperar o poder, enquanto os golpistas tentam eliminá-los a todos, tornando real a verdade oficial que fora entretanto proclamada…
Concedo que a analogia pode até nem fazer sentido à primeira vista, mas estes últimos esforços de Paulo Portas e amigos junto do seu partido têm estranhas semelhanças com o dilema dos golpistas desta nossa história de ficção, quando fizeram acontecer as coisas pela comunicação social antes delas de facto terem mesmo acontecido. Dadas as circunstâncias que as coisas ainda podem não lhes vir a correr de feição, só lhes restam as medidas últimas, para evitarem passar de uma penada da reputação de ambiciosos à de mentirosos…
Depois daquilo tudo (refiro-me às cenas de Óbidos) só faltou mesmo reaparecer Pedro Santana Lopes* na televisão, porventura ciumento das cenas gagas por que Paulo Portas estava a passar, a querer fazer-se lembrado… Mas para este último – embora do mesmo autor (Greg) – a BD que considero alusiva é completamente diferente: figurativa, mais cómica, sem qualquer vestígio de senso – Achille Talon! E o título deste poste refere-se à guerrilha por fantasmas; fantasmas que desconfio não existissem não fosse o destaque que a nossa comunicação social lhes dá...
* É sempre saudável e cívico relembrar e fazer uma visita à lista de nomes dos membros do Conselho Nacional do PSD que elegeram à albanesa o senhor em causa para primeiro-ministro…
Embora seja um grande apreciador do desenho de Hermann, nesta história considero que o destaque vai inteirinho para o argumento da mesma criado por Greg (Michel Regnier). Em síntese, o presidente de uma República latino-americana (Monteguana) é vítima de um atentado que destroi o seu iate de cruzeiro e ao qual escapa por acaso. O navio dos nossos heróis (o Cormoran), acidentalmente por perto, recolhe-o, assim como aos seus dois guarda-costas, os únicos sobreviventes da tragédia.
O atentado foi o pretexto para que houvesse um golpe de estado em Monteguana, desencadeado a pretexto da morte do presidente e anunciada pela comunicação social de Monteguana sem que tivesse havido qualquer pedido de socorro, quer fosse do iate presidencial, quer do Cormoran. Os tripulantes deste último vêm-se assim associados aos esforços do presidente eleito para recuperar o poder, enquanto os golpistas tentam eliminá-los a todos, tornando real a verdade oficial que fora entretanto proclamada…
Concedo que a analogia pode até nem fazer sentido à primeira vista, mas estes últimos esforços de Paulo Portas e amigos junto do seu partido têm estranhas semelhanças com o dilema dos golpistas desta nossa história de ficção, quando fizeram acontecer as coisas pela comunicação social antes delas de facto terem mesmo acontecido. Dadas as circunstâncias que as coisas ainda podem não lhes vir a correr de feição, só lhes restam as medidas últimas, para evitarem passar de uma penada da reputação de ambiciosos à de mentirosos…
Depois daquilo tudo (refiro-me às cenas de Óbidos) só faltou mesmo reaparecer Pedro Santana Lopes* na televisão, porventura ciumento das cenas gagas por que Paulo Portas estava a passar, a querer fazer-se lembrado… Mas para este último – embora do mesmo autor (Greg) – a BD que considero alusiva é completamente diferente: figurativa, mais cómica, sem qualquer vestígio de senso – Achille Talon! E o título deste poste refere-se à guerrilha por fantasmas; fantasmas que desconfio não existissem não fosse o destaque que a nossa comunicação social lhes dá...
* É sempre saudável e cívico relembrar e fazer uma visita à lista de nomes dos membros do Conselho Nacional do PSD que elegeram à albanesa o senhor em causa para primeiro-ministro…
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