07 janeiro 2018

O MOMENTO DA EXECUÇÃO

7 de Janeiro de 2015. Dá-se o atentado em Paris contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo onde os dois assaltantes, armados de AKs, mataram onze pessoas. Mas o momento que mais retenho dos acontecimentos é este outro desta frame acima, quando do tiroteio que se segue já na rua, entre os assaltantes e a polícia e que é filmado por inúmeras câmaras de telemóvel de testemunhas dos prédios vizinhos. As imagens mostram um dos polícias, que já fora ferido na troca de tiros prévia e que jazia no chão, a ser sumariamente executado por um dos assaltantes. Foi a décima segunda vítima mortal dos atentados mas foi a mais importante. É um momento chocante e implacável, a despertar as leis não assumidas da reciprocidade nos milhões que viram as imagens. Se até à sua visualização ainda pudera ser possível às autoridades equacionar a captura dos dois terroristas ainda em fuga, com a visão daquelas imagens, de uma forma evidente mas apenas subentendida, elas ter-se-iam que se explicar perante uma opinião pública hostil se os capturassem vivos.

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