31 janeiro 2018

A COLOCAÇÃO DO PRIMEIRO SATÉLITE AMERICANO EM ÓRBITA

31 de Janeiro de 1958. Há sessenta anos os Estados Unidos lançavam o seu primeiro satélite artificial, baptizado de Explorer-1. Na fotografia acima e da esquerda para a direita, William Pickering (1910-2004), James van Allen (1914-2006) e Wernher von Braun (1912-1977). O carácter cosmopolita da pesquisa espacial norte-americana de então é realçado pelo facto de apenas o segundo ter nascido nos Estados Unidos: o primeiro era neo-zelandês e o último era alemão. Mas é precisamente a esse segundo que se deve a descoberta que justificará a exuberância das celebrações acima, com o trio segurando uma réplica do pequeno objecto (pesava apenas 14 kg) que acabara de ser colocado em órbita. A descoberta fora uma cintura de radiações que rodeava a Terra e que foi baptizada com o nome do cientista que instalara o dispositivo para a detectar no Explorer: a Cintura de Van Allen, de cuja descoberta se celebra também hoje o sexagésimo aniversário. O feito científico - que, noutras circunstâncias, teria passado desapercebido - serviu de catalisador efusivo para disfarçar o facto de que os Estados Unidos se haviam atrasado na corrida espacial e que a proeza científica que realmente interessava - a colocação do satélite em órbita - apenas tinha lugar quatro meses depois da União Soviética ter feito o mesmo, para mais com um fiasco de permeio.

8 comentários:

  1. Vale recordar que a existência de uma cintura magnética ao redor da terra já havia sido anunciada por Immanuel Velikovsky em 1956. Portanto mais do que uma descoberta, foi uma verificaçao.

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  2. A princípio, esse nome de Velikovsky não me disse nada, só agora me lembrei de quem se trata - li há muitos anos o seu "Mundos em Colisão" em versão condensada nas Selecções do Reader´s Digest. É um chorrilho de disparates, o único mistério científico digno de nota respeita ao patrocínio que o autor terá tido para merecer tal destaque escrevendo tanta asneira.

    Com a ajuda da Wikipedia relembrei-me do "enredo": no século XV a.C. Vénus foi ejectado de Júpiter como se se tratasse de um cometa, roçou pela Terra, provocou imensas catástrofes conforme constam das mitologias de alguns povos antigos, mudou a órbita da Terra, a sua inclinação axial, a Terra até parou de rodar!

    O "Herdeiro de Aécio" é um blogue com momentos de humor. Outro dia qualificaram-no (ao humor) de, mais do que irónico, sarcástico. Pois bem, entre os sarcasmos, inclui-se o de não deixar passar impune a promoção de quem propôs, à laia de "científica", a ideia de que o planeta Vénus andou em "promenade" pelo Sistema Solar há uns escassos 3.500 anos atrás...

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  3. Amigo Teixeira, certamente o livro de Velikovsky " Worlds in collision " resultou polémico e promoveu muitas criticas. Contudo, conforme a ciencia avançava, muitas das afirmaçoes e calculos de Velikovsky foram sendo confirmados, como caso aqui citado da cintura eletromágnetica que envolve a terra. Tambem temos o caso das ondas de radio emitidas por jupiter ( para grande surpresa dos astrónomos da època ) ou que a superficie da lua, em seu lado oculto à terra, éra totalmente diferente do lado exposto, algo que só foi confirmado com o envio de satélites.
    O interessante livro " The Velikovsky Affair " nos conta estes e outros casos.

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  4. As teses de Velinovsky são um conjunto de ideias idiotas sem qualquer sustentação científica. As mais espectaculares começam por contradizer aquelas que são as leis básicas da Física. Portanto Newton, Einstein, estavam todos enganados! Se o meu "amigo" (do qual não sei sequer o nome) não consegue identificar um disparate, olhe, paciência, não vou ser eu a insistir para que deixe de ser idiota - desculpe a sinceridade.

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  5. Amigo Teixeira, temo que esta a chegar a conclusoes precipitadas pois eu nao disse estar ou nao de acordo com as teorias de Velikovsky, apenas forneci informaçao a respeito do seu artigo sobre a cintura magnética que envolve a terra e que havia sido prevista por ele, assim como outros casos de confirmaçao de suas afirmaçoes, como a descoberta de raios X emitidos pelo cometa Hyakutake em 1996, algo que se pensava impossível, mas que foi tambem detectado em mais cometas a partir de entao.

    Tambem vale recordar que Velikovsky era o único que mantinha que o espaço nao estava vazio, e a recente descoberta do boson de Higgs o confirma.

    Quando Alfred Wegener, no principio do século XX, lançou sua teoria sobre a deriva continental, esta tambem foi duramente rejeitada, pois ele nem éra geologo. Einstein, por sua vez, sempre rejeitou a teoria da mecânica quantica.

    Enquanto a nao saber qual é o meu nome, nao creio que isso tenha muita importância ( eu tampouco sei se Teixeira é seu nome verdadeiro ) mas lhe direi que é Blanco ( white em inglês ).

    Um abraço e muito obrigado pelos bons momentos que nos proporciona com seu blog.

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  6. «...eu não disse estar ou não de acordo com as teorias de Velikovsky...»

    Pois não, mas, a invocá-los aqui num episódio para os quais não eram tidas em achadas, dá-lhes cá uma promoção... Acontece-lhe muito esses episódios em que lhe dá para andar a promover disparates de pseudociência para os quais está convencido de que não podemos ter a certeza se discorda ou concorda?

    Aqui há uns dias escrevi um texto a respeito de um Sketch humorístico dos Monty Python. O tipo de argumentação que o amigo Blanco emprega (Wegener, etc.) assemelha-se que nem uma luva à argumentação absurda de Michael Palin naquele sketch.

    Um abraço e faça um favor a si mesmo: mesmo que esteja convencido que os outros não podem saber se está ou não de acordo com as descabeladas teorias dele, não fale do Velinovsky a quem saiba quem foi o Velinovksy.

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  7. Caro Teixeira, Eu nao sou astrofisico para poder estar de acordo ou nao com Velikovsky, e creio que o sr. tampouco o é pois caso fosse... nao teria sabido dele por meio de um simples resumo no Reader's Digest. Assim, tudo o que fiz foi citar seu nome como autor da previsao da existência da tal cintura eletromágnetica que se menciona no artigo. Portanto, nao creio que isto seja suficiente para me atribuir nenhum convencimento.
    Enquanto a promocionar Velikovsky, creio que o sr. fez uma tarefa muito melhor que o minha com suas continuas referencias ao seu trabalho e, inclusive, citando um livro que nao vinha ao caso que nos ocupa ( Worlds in Collision )e que foi a causa de que eu citasse outro livro que sim tinha relaçao com o caso.

    Respeito ao sketch de Monty Python, creio que nao é aplicável nesta ocasiao pois o "papagaio" ( a afirmaçao de Velikovsky de que a cintura existia ) resultou ser correta.

    Um abraço e faça um favor a si mesmo: nao atribua a outros convencimentos sem estar completamente convencido. Temo que, se em alguma ocasiao, cito a Maomé, o sr. me acuse de ser fundamentalista islâmico e de promover a jihad !

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  8. Você não é astrofísico mas, a ser alguma coisa, mostrou ser nesta conversa e em proporções crescentes e encadeadas, ignorante, estúpido e teimoso.

    Ignorante quando fez a referência original às teorias de Velikovsky sem saber que elas consistiam num punhado de disparates - por acaso reparou - ou vinha no tal livro que leu - que a tal cintura magnética proposta por Velikovksy se estendia até à Lua? É que a cintura de Van Allen NÃO SE ESTENDE ATÉ À LUA. Quase tudo o que Velikovksy profetizou que se descobriria... não se descobriu.

    Depois é estúpido porque, mesmo depois de ter sido alertado, mostrou que não era capaz de saber distinguir entre o que são os métodos científicos e aquelas obras de ocultismo e paraciência como as profecias de Velikovsky. Para nos socorrermos da astrofísica, que nenhum de nós domina, mas que você sabe apenas o nome, embora não compreenda do que se trata (porque se compreendesse, aí perceberia porque as teorias do Velikovksy são um chorrilho de disparates), socorrendo-me da astrofísica, escrevia eu, há uma fórmula denominada Limite de Chandrasekhar que é importante para antever qual a evolução estelar dependendo da massa do objecto. A fórmula, necessariamente complexa, está deduzida num trabalho apresentado originalmente em 1930 e está muito para além dos meus conhecimentos matemáticos, mas os cálculos foram validados pelos seus pares que tinham naturalmente capacidade para o fazer. Aquilo que teoricamente ali está apresentado tem sido corroborado pela observação astronómica desde há 80 anos.

    Ora é essa validação pelos seus pares e a corroboração pela observação posterior que falta a quase tudo aquilo que Velikovsky inventou. E digo inventou porque, ao contrário de Chandrasekhar, as suas teorias não aparecem sustentadas em cálculos que permitam uma aferição pelos seus pares - e a astrofísica é uma disciplina em que isso acontece! Mas a culpa não é toda de Velikovsky, é também sua, porque, à medida que esta conversa prosseguiu a sua atitude tornou-se progressivamente mais defensiva de uma posição que era, por sua vez, cada vez mais insustentável. E, por causa disso, chegámos aos extremos da argumentação de má fé: a propósito de estar a falar com alguém que usa pseudónimo enquanto que se desfaz em proclamações de amizade, sou confrontado com a hipótese de eu ter escolhido identificar-me por A. Teixeira mas que bem pode não ser o meu nome! Acha paciência...

    Eu tenho o entendimento que a caixa de comentários que está acoplada a um blogue é, também em parte, da responsabilidade do seu autor. Não de todas aquelas besteiras inócuas que lá se escrevem, mas de alguns casos mais excessivos. Repare que eu poderia ter bloqueado o seu comentário original, invocando o tal magnetismo extraterrestre de Velikosky, considerando-o, meu caro amigo Blanco, um ignorante. Não o fiz, quis ser pedagógico, mas agora, confesso, acho que fiz mal. E dou a conversa terminada por aqui.

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