Devo honestamente referir que, apesar de não partilhar de certas opiniões que qualificam o comunismo como a ideologia mais criminosa da História, há aspectos que continuo a considerar nos factos que o rodeiam como muito estranhos e obscuros. Certamente por culpa minha, nunca percebi por exemplo como regimes totalitários que desencadeiam processos acelerados de industrialização e concentração agrária dirigidos por uma cúpula restrita e fechada que deixam como resultado muitos milhares (senão mesmo milhões) de mortos podem ser motivo de orgulho para alguém que, não tendo participado directamente nesses acontecimentos, apenas compartilha com os seus responsáveis e autores a mesma ideologia. Creio que o comunismo não foi uma catástrofe histórica no sentido clássico do termo. Mas se o fosse, considerados os seus efeitos à escala mundial, teria sido a maior e mais sofisticada da História moderna, deixando as causadas por outras ideologias a muitas milhas de distância.
Antes do leitor tirar qualquer conclusão do conteúdo do parágrafo acima gostaria de o convidar a ler o texto imediatamente abaixo para o comparar com aquele que acabou de ler.
Como se percebe de imediato, a estrutura argumentativa dos dois textos é rigorosamente a mesma. Se, conforme nos quer fazer crer nos preliminares, Vítor Dias (o autor do segundo texto) não subscreve nem endossa as teses conspiratórias sobre o 11 de Setembro, então aquilo que parafraseei no texto inicial estará certamente imune a quaisquer acusações de anticomunismo…
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