Foi nos princípios dos anos 70 que a revista Tintin começou a publicar as aventuras de Tanguy e Laverdure. A primeira intitulava-se O Alferes Bang-Bang (Lieutenant Double Bang no original) e contava-nos a história de um misterioso instruendo de origem árabe que os dois famosos pilotos franceses haviam recebido na sua base de Dijon. O Alferes Azraf, por alcunha Bang-Bang (que se assemelhava muito em fisionomia e compleição ao Rei Hussein da Jordânia), tornava-se súbita e inesperadamente o soberano de um Emirato na Península Arábica, rico em petróleo, um país imaginário chamado Sarrakat. Entretanto, uma empresa petrolífera rival chamada Middle East Petroleum aproveitara-se da situação para financiar um golpe de estado no país, fazendo com que os seus aliados se apossassem do poder.
A viagem de regresso de Azraf ao seu país natal acompanhado de Tanguy e Laverdure mostrou-se recheada de peripécias. Na aventura que se segue, intitulada Luta no Deserto (Baroud sur le Desert no original), o Príncipe Azraf, que parece gozar do apoio indefectível das populações, tem de lutar, usando o apoio dos dois Mirage III dos seus antigos instrutores, contra a enorme superioridade tecnológica das forças militares regulares do regime rival armadas com os fundos da sinistra Middle East Petroleum. Sendo muito sofisticada para a época, no final o argumentista Jean-Michel Charlier tem de respeitar os cânones das aventuras daquele género e Azraf acaba por triunfar com as suas forças tradicionalistas invadindo o último reduto do regime usurpador – naturalmente, tratava-se de uma base aérea…
Onde o argumento de Jean-Michel Charlier se mostra inovador é na sequela a estas duas aventuras que é também composta de dois álbuns – Mission «Derniére Chance» e Un DC-8 a Disparu (Missão «Última Oportunidade» e Desapareceu um DC-8¹). O Emir Azraf vencera a guerra civil mas isso não fora o fim dos problemas de Sarrakat. Os antigos opositores, por muito mercenários que tivessem sido sob as ordens da malévola Middle East Petroleum, passaram agora a rebeldes, desenvolvendo uma actividade de guerrilha contra a monarquia, estando em certa fase, quase à beira de reconquistar o poder... Não consigo evitar estabelecer o paralelo entre esta sequela e aquilo a que temos assistido na Líbia, onde as forças pró-Gaddafi mesmo formadas por mercenários parecem manter a vontade de resistir…
A viagem de regresso de Azraf ao seu país natal acompanhado de Tanguy e Laverdure mostrou-se recheada de peripécias. Na aventura que se segue, intitulada Luta no Deserto (Baroud sur le Desert no original), o Príncipe Azraf, que parece gozar do apoio indefectível das populações, tem de lutar, usando o apoio dos dois Mirage III dos seus antigos instrutores, contra a enorme superioridade tecnológica das forças militares regulares do regime rival armadas com os fundos da sinistra Middle East Petroleum. Sendo muito sofisticada para a época, no final o argumentista Jean-Michel Charlier tem de respeitar os cânones das aventuras daquele género e Azraf acaba por triunfar com as suas forças tradicionalistas invadindo o último reduto do regime usurpador – naturalmente, tratava-se de uma base aérea…
Onde o argumento de Jean-Michel Charlier se mostra inovador é na sequela a estas duas aventuras que é também composta de dois álbuns – Mission «Derniére Chance» e Un DC-8 a Disparu (Missão «Última Oportunidade» e Desapareceu um DC-8¹). O Emir Azraf vencera a guerra civil mas isso não fora o fim dos problemas de Sarrakat. Os antigos opositores, por muito mercenários que tivessem sido sob as ordens da malévola Middle East Petroleum, passaram agora a rebeldes, desenvolvendo uma actividade de guerrilha contra a monarquia, estando em certa fase, quase à beira de reconquistar o poder... Não consigo evitar estabelecer o paralelo entre esta sequela e aquilo a que temos assistido na Líbia, onde as forças pró-Gaddafi mesmo formadas por mercenários parecem manter a vontade de resistir…
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