Musicalmente, a canção que ganhou o Festival deste ano parece-me ser uma merda. Como paródia, parece-me ser oportuna. A marcha inexorável dos tempos faz com que os anteriores autores de paródias ou de tentativasde paródias dos festivais sejam agora eles os parodiados. E os tempos do PREC, como qualquer tempo de excessos, são uma mina de tópicos para isso.
A LUTA CONTRA O CAPITAL...
Tecnicamente, considera-se que o PREC começou a 11 de Março de 1975 para terminar a 25 de Novembro, oito meses e meio depois. Mas, se escutarmos as músicas do próprio Festival da Canção daquele ano, que tivera lugar anteriormente, ainda a 7 de Março, é evidente que o Golpe dos spinolistas foi apenas o detonador de um ambiente revolucionário…
...A VIGILÂNCIA REVOLUCIONÁRIA...
Já aqui me referira há quatro anos atrás a esse evento único e memorável, oXII Festival – identifica-se assim, sem precisar de explicações adicionais, como se se tratasse do XII Congresso de um Partido Marxista-Leninista qualquer. Infelizmente (mãos reaccionárias decerto) alguém fez com que se perdessem esses momentos históricos dos arquivos da RTP…
...AS MANIFESTAÇÕES CONTRA O FASCISMO...
Porém, nestes quatro anos que passaram houve camaradas que recuperaram para o You Tube algumas das preciosidades cantadas naquela noite que depois se tornaram grandes sucessos musicais da rádio, fosse na Rádio-Renascença-Ocupada-ao-Serviço-dos-Trabalhadores ou no Rádio-Clube-Português-Emissora-da-Liberdade-Beba-Cerveja-Sagres.
...AS OCUPAÇÕES POPULARES...
De forma distinta aos Homens da Luta e à sua canção A Luta é Alegria, este meu poste combinando imagens e músicas revolucionárias do PREC não é para ser alegre, apenas sarcástico e especialmente dedicado a pessoas como Bernardino Pyongyang Soares, que tinham então apenas quatro anos e que, por isso, deles nem se pode dizer que não evoluíram…
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