Parece-me que há qualquer coisa de perverso nos critérios editoriais do jornalismo moderno. Houve as centenas de milhares de pessoas concentradas na Praça Tahrir, no Cairo, a mereceram as primeiras páginas e a cobertura noticiosa dedicada de centenas de correspondentes estrangeiros destacados para o Egipto durante dias. Mas o resultado do referendo para as alterações à Constituição que ali teve lugar a 19 de Março passado não passou do fundo dos noticiários. Por curiosidade, compareceram ao acto um pouco mais de dezoito milhões e meio dos quarenta e cinco milhões de eleitores (afluência de 41%) e houve catorze milhões (77%) que se pronunciaram a favor das alterações propostas… e ainda não se inventou uma maneira das eleições produzirem imagens espectaculares!
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