É sempre mais apetecível que as conspirações sejam grandes, tenebrosas e envolvam os poderosos deste Mundo, alguns dos quais nunca antes ouvíramos falar. Mas dessas, são raras as que aguentam depois o teste dos factos. Mais frequentes e comezinhas, sem aspecto de tanta gravidade, são aquelas que costumamos designar por histórias mal contadas. Aí, encontramos versões que vão mudando, e é muito mais pertinente perguntarmo-nos se não houve intenções deliberadas nas versões inicialmente postas a circular…
O exemplo é um episódio do quotidiano do Porto, acontecido no passado dia 23 de Fevereiro: um assaltante foi surpreendido em pleno assalto numas instalações de um Multibanco, foi barrado por transeuntes, e ali ficou mais de uma hora, sequestrando com uma arma branca a assaltada, uma mulher de cerca de 40 anos. O furo jornalístico da notícia foi o de expor o método como o assaltante veio a ser dominado: um agente, disfarçado de enfermeiro do INEM, foi admitido no interior para tratar da refém e dominou-o (acima).
Acessoriamente às boas notícias com a resolução do sequestro, informava-se que a vítima apresentava "alguns ferimentos ligeiros" junto a uma orelha mas que ficara internada no Hospital. Quanto ao assaltante, o Tribunal decidira que ficasse em prisão preventiva. No dia seguinte, já passado o momento alto da notícia, ficava-se a saber que a vítima afinal fora esfaqueada 11 vezes e que fora submetida a uma intervenção cirúrgica. Uma semana depois, e apesar da vigilância, soube-se que o assaltante se suicidara na prisão…
Está a correr um inquérito a esta última ocorrência. Será que ainda haverá algum órgão de informação interessado nas conclusões?... É bem possível que afinal nada haja a esconder mas, lembrando-nos do desfecho do sequestro da agência de Campolide em Agosto de 2008 (um sequestrador morto, outro ferido), para aquelas regras não escritas que regem na rua a relação entre polícias e ladrões, com tudo isto ter-se-á reforçado a que estabelece que sequestros com esta violência são desaconselháveis para os sequestradores…
O exemplo é um episódio do quotidiano do Porto, acontecido no passado dia 23 de Fevereiro: um assaltante foi surpreendido em pleno assalto numas instalações de um Multibanco, foi barrado por transeuntes, e ali ficou mais de uma hora, sequestrando com uma arma branca a assaltada, uma mulher de cerca de 40 anos. O furo jornalístico da notícia foi o de expor o método como o assaltante veio a ser dominado: um agente, disfarçado de enfermeiro do INEM, foi admitido no interior para tratar da refém e dominou-o (acima).
Acessoriamente às boas notícias com a resolução do sequestro, informava-se que a vítima apresentava "alguns ferimentos ligeiros" junto a uma orelha mas que ficara internada no Hospital. Quanto ao assaltante, o Tribunal decidira que ficasse em prisão preventiva. No dia seguinte, já passado o momento alto da notícia, ficava-se a saber que a vítima afinal fora esfaqueada 11 vezes e que fora submetida a uma intervenção cirúrgica. Uma semana depois, e apesar da vigilância, soube-se que o assaltante se suicidara na prisão…
Está a correr um inquérito a esta última ocorrência. Será que ainda haverá algum órgão de informação interessado nas conclusões?... É bem possível que afinal nada haja a esconder mas, lembrando-nos do desfecho do sequestro da agência de Campolide em Agosto de 2008 (um sequestrador morto, outro ferido), para aquelas regras não escritas que regem na rua a relação entre polícias e ladrões, com tudo isto ter-se-á reforçado a que estabelece que sequestros com esta violência são desaconselháveis para os sequestradores…
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