23 julho 2011

AS CANHONEIRAS DO NOSSO TEMPO

É conhecida a expressão diplomacia da canhoneira que atingiu o seu apogeu no final do Século XIX com a Guerra Anglo-Zanzibar que durou precisamente… 40 minutos. Mas, melhor que esse método diplomático, é a sua fase preliminar de que a fotografia abaixo é um excelente exemplo: antes de se atingir a ameaça explícita e o uso de meios violentos, usa-se a intimidação implícita: não é por acaso que estas seis unidades navais da fotografia (todas semelhantes) estão orientadas para o observador, avançando para ele…
Aos leigos e devido à sua configuração, elas assemelhar-se-ão a porta-aviões, as unidades navais mais poderosas das Armadas depois da Segunda Guerra Mundial. Mas não é o caso. Apesar de possuírem aquele convés de voo, trata-se de grandes navios de assalto anfíbio da Marinha dos Estados Unidos, deslocando cerca de 40 mil toneladas – apenas cerca de metade de um porta-aviões moderno (compare-se abaixo). E a sua missão principal é a de desembarcar 2.000 fuzileiros usando os cerca de 40 helicópteros que transporta.
Voltando à fotografia inicial, os seis navios (por ordem de proximidade e da esquerda para a direita: USS Tarawa¹; USS Kearsarge e USS Saipan¹; USS Bonhomme Richard, USS Bataan e USS Boxer) conseguem agregar mais de 10.000 combatentes em mais de 200 helicópteros de transporte e combate apoiados ainda por uma trintena de aviões de combate do tipo Harrier AV-8. Representam um potencial de combate superior ao de 95% das Forças Armadas do resto do Mundo. O problema - para os norte-americanos - é nem todos os países terem costas marítimas…

¹ Entretanto retirados de serviço, depois da fotografia ter sido tirada em 2003.

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