Pelo menos uma coisa se pode concluir até agora no encadeamento de afirmações e desmentidos envolvendo o jornalista Pedro Prostes da Fonseca e a entrevista que lhe terá dado o seleccionador nacional Carlos Queiroz: é que este último, que tanto tem sido criticado pelas suas excessivas cautelas defensivas em campo, optou desta vez por passar ao ataque, ao ataque pessoal mesmo, ao chamar publicamente ao jornalista todos os insultos que são toleráveis de passar em rádio sem que o decoro os obrigasse a apagar (abaixo): vigarista, desonesto, aldrabão e execrável.
A reacção aos insultos, depois do jornalista brandir ameaçadoramente a gravação da entrevista, limitou-se à reafirmação da versão original, como se o jornal e o seu director não possuissem uma credibilidade equivalente à de uma daquelas ciganas velhas que lêem a sina... Mas o mais significativo é que o jornal afinal optou pela não divulgação do tal registo áudio invocando que se tratava de uma conversa entre jornalista e fonte... Trata-se de uma explicação tão inventiva quanto uma famosa acção directa invocada por um deputado do PS quando roubou dois gravadores há dois meses atrás...
A reacção típica do hiperactivo clã jornalístico da blogosfera aos dois incidentes é que não podia ter sido mais distinta... Escolhendo aquele que considero o exemplo exemplarmente mediano da classe que, a pretexto da acção directa, até se dispôs a perorar sobre a ética na política, seria de esperar que ele se dispusesse a desenvolver um pouco mais aquilo que já escreveu quando o tema é a (falta de) ética dos seus colegas de profissão... É que a argumentação da atitude de invocar a protecção das fontes para proteger uma fonte que tão obviamente não quer ser protegida é também dos anais da novílingua jornalística...
Balhamedeus!
ResponderEliminar:)))
Acompanho o comentário.Cumprimentos
ResponderEliminarCumprimentos Francisco Clamote.
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