Os livros de História sobre a Segunda Guerra Mundial costumam ser uma demonstração prática de como as grandes decisões históricas são o atributo dos grandes protagonistas: as grandes potências. Nesses e noutros livros abrangentes, as referências que possam ser dedicadas aos outros intervenientes – os pequenos países – costumam ser episódicas e/ou feitas de passagem. E então livros que lhes sejam especificamente dedicados aos pequenos países são uma raridade.
Estas duas raridades acima e abaixo têm por tema as participações da Hungria e da Finlândia na Segunda Guerra Mundial. A localização geográfica de ambos fez com que se tornasse impossível a sua neutralidade no épico embate germano-russo pela posse do Heartland (como era definido por MacKinder). Os dois pequenos países aliaram-se à Alemanha nesse embate (a partir de Junho de 1941) e seguiram-na sem um entusiasmo particular durante a época das suas vitórias
Mas o que torna os livros educativos para a situação que se vive actualmente na Europa é o período das derrotas alemãs (de 1943 a 1945) e como ambos aqueles países procuraram preservar a sua autonomia estratégica diante de uma Alemanha cada vez mais fraca e cada vez menos tolerante. Como se percebe pela leitura dos livros do cerco de Budapeste (implicitamente) e das opções militares da Finlândia (mais explícito), os finlandeses foram mais bem sucedidos.
Estas duas raridades acima e abaixo têm por tema as participações da Hungria e da Finlândia na Segunda Guerra Mundial. A localização geográfica de ambos fez com que se tornasse impossível a sua neutralidade no épico embate germano-russo pela posse do Heartland (como era definido por MacKinder). Os dois pequenos países aliaram-se à Alemanha nesse embate (a partir de Junho de 1941) e seguiram-na sem um entusiasmo particular durante a época das suas vitórias
Mas o que torna os livros educativos para a situação que se vive actualmente na Europa é o período das derrotas alemãs (de 1943 a 1945) e como ambos aqueles países procuraram preservar a sua autonomia estratégica diante de uma Alemanha cada vez mais fraca e cada vez menos tolerante. Como se percebe pela leitura dos livros do cerco de Budapeste (implicitamente) e das opções militares da Finlândia (mais explícito), os finlandeses foram mais bem sucedidos.
Foi por isso que, após a Guerra, a Finlândia permaneceu uma democracia a sério enquanto a Hungria se tornou numa democracia… popular. E quando um Schulz nos critica por querermos recuperar essa autonomia estratégica após décadas de empenho num processo que agora se reconhece esgotado (acima), creio que se deve encarar os designios do tal Schulz com bonomia e invocar outros Schulzs de outras épocas de um processo que parece ver-se repetido (abaixo)…
PS - A reacção em Portugal ao discurso do Schulz foi tão unanimemente crítica que está mesmo a pedir uma crónica com a opinião original do Vasco...