Já aqui me havia referido à independência do Congo da Bélgica e à pessoa de Patrice Lumumba, o líder do MNC e o primeiro primeiro-ministro da nova nação independente que rapidamente mergulhou numa guerra civil depois disso. Também então as potências europeias e os Estados Unidos apoiaram descaradamente uma das facções. Como se deduz pela multiplicidade de perspectivas, vários foto-jornalistas presenciaram a captura de Lumumba. Mas essa publicidade não é suficiente para descansar o prisioneiro, cujo semblante preocupado se torna premonitório do fuzilamento que lhe está destinado…
31 outubro 2011
AS ÚLTIMAS FOTOGRAFIAS DE PATRICE LUMUMBA
Já aqui me havia referido à independência do Congo da Bélgica e à pessoa de Patrice Lumumba, o líder do MNC e o primeiro primeiro-ministro da nova nação independente que rapidamente mergulhou numa guerra civil depois disso. Também então as potências europeias e os Estados Unidos apoiaram descaradamente uma das facções. Como se deduz pela multiplicidade de perspectivas, vários foto-jornalistas presenciaram a captura de Lumumba. Mas essa publicidade não é suficiente para descansar o prisioneiro, cujo semblante preocupado se torna premonitório do fuzilamento que lhe está destinado…
HOUSE, M.D.
30 outubro 2011
ELE NÃO VALE A PENA FAZER CONTAS, CONCENTREMO-NOS NA ARGUMENTAÇÃO…
Citando outra vez o João Pinto e Castro aquilo poderia não passar de um chorrilho de disparates baseado em números verdadeiros quando, para mais, o Miguel Abrantes sempre insistiu até hoje que é uma e só uma pessoa...
29 outubro 2011
JOAN MIRÓ
28 outubro 2011
PREOCUPAÇÕES FILATÉLICAS
SALVADOR ALLENDE - A ÚLTIMA FOTOGRAFIA
Embora se vejam uniformes ao fundo, a impressão dominante é que a guarda pessoal do presidente é composta por civis. E as armas destes, espingardas AK-47 de concepção soviética, são também simbólicas num país sul-americano que sempre orbitara na esfera dos Estados Unidos… Crê-se que esta foi a última fotografia tirada a Salvador Allende. O seu autor foi o então fotógrafo oficial do palácio, Luís Orlando Lagos, mas essa autoria, também símbolo dos anos de chumbo que se iriam seguir ao Golpe, só viria a ser definitivamente confirmada em 2007.
27 outubro 2011
O «DÍFICIL» ENTERRO DOS MÁRTIRES
Os resultados dessa investigação, realizada a pedido e com a concordância da própria família Allende, tornaram-se públicos uns escassos dois meses depois, em Julho passado: o presidente suicidara-se com uma AK-47, foi a conclusão unânime dos membros da equipa de investigação. Mas, mal se deu por ela… Parece mais do que óbvio que este é um exemplo clássico de que só é notícia quando é o homem que morde no cão.
Ontem, David Pryor, um dos especialistas que integrou aquela equipa esteve em Lisboa a proferir uma palestra a respeito desse seu trabalho no Chile. Digite-se o seu nome nas notícias do Google hoje (em português) e encontrar-se-á... nada. Certamente que não haverá interesse nenhum em saber-se como se comprovou definitivamente que Salvador Allende não fora assassinado pelos militares fascistas. Pensando nos mais obcecados com a Causa, até se pode dizer que é uma pena que não tivesse sido assim...
O BARBEIRO NOVO
O meu barbeiro tradicional parece estar de regresso ao Brasil (com sinais de não voltar) e fui atendido por um substituto que se esmerou mas tudo acabou com os retoques finais a terem de ser feitos por mim em casa… Só em retrospectiva é que me apercebi como o episódio poderia passar por uma metáfora da evolução política recente: mesmo não o apreciando por aí além, já estava habituado ao que estava, este novo que veio, apesar de esforçado, ainda se mostra assustadoramente impreparado para a tarefa…
26 outubro 2011
OS BEIJOS DE ROBERT DOISNEAU
…conta com várias fotografias de beijos trocados naquelas mesmas circunstâncias, desde o casal que troca um beijo mais exibicionista, ao outro mais abstraído do Mundo ao redor,…
25 outubro 2011
…O INFINITO E MAIS ALÉM!
Com uma herança pesada, mas superando as expectativas, Paulo Azevedo é um dos mais reconhecidos gestores da sua geração: É rápido a decidir; Prefere a razão à intuição; É informal e acessível; Delega e exige; Gosta de metas difíceis; Quer sempre aprender mais; É insatisfeito por natureza.
Inspirado pelo pai mas com um estilo muito próprio, Paulo Azevedo é aqui analisado pela jornalista Blandina Costa, que ao longo de vários meses entrevistou amigos, familiares, colegas de trabalho e traçou o perfil de gestão, mas também o perfil humano do novo HOMEM SONAE.
KA MATE! KA MATE! KA ORA! KA ORA!
Com um vídeo de há 7 anos atrás de um Haka dos All Blacks precisamente contra a França - o Haka original, o Ka Mate, e não a versão mais recente Kapa O Pango - ainda capitaneado pelo memorável Tana Umaga, me despeço desta Taça do Mundo com algumas opiniões que quero compartilhar. Não fiquei desapontado com a qualidade do râguebi jogado na final porque não quis criar expectativas quanto à sua espectacularidade. Por causa do passado, acho preferível moderar as expectativas em relação a finais da Taça do Mundo. Até houve ensaios – ao contrário do que aconteceu em 1995 e 2007…
Confirmando o aforismo que cada jogo tem a sua história, o embate da final não teve nada de semelhante com os 37-17 com que os All Blacks haviam mimoseado os seus adversários na fase de grupos. Foi um jogo cerradamente disputado com um vencedor justo e um vencido digno. Mas constata-se que o râguebi é cada vez menos um jogo de XV e cada vez mais um jogo de XXII, quando não de mais uns quantos. A perda de qualquer jogador, por muito influente que seja, já não pode servir de justificação para os maus resultados. Mesmo sem Dan Carter a Nova Zelândia conquistou o título…
E houve jogos excepcionais. Entretanto, será impressão minha ou este género de defesa agressiva sem dar tempo aos oponentes está a tornar o jogo progressivamente mais agressivo? Não fui consultar estatísticas para verificar evolução da frequência das lesões de sangue, mas o número de médios que foram parar ao estaleiro – se bem contei, por lesões, os All Blacks usaram 4 médios de abertura durante a Taça do Mundo… – pareceu-me uma anomalia ou então uma coincidência. Não irei gostar se daqui por uns anos o IRB tenha que recomendar a adopção de capacetes como os do futebol americano. Adenda: Abaixo, a cara de Morgan Barra, o abertura francês ao chegar a Paris, três dias depois da final...
Finalmente, para aqueles que aqui há quatro anos atafulharam de elogios a actuação dos Lobos, quando, na minha modesta opinião, ela não passou de uma prestação mediana de acordo com o que seria de esperar dela, seria bom que agora pusessem os olhos na prestação da selecção da Geórgia, uma das duas selecções – a outra é a da Rússia – com quem ultimamente disputamos as presenças nas Taças do Mundo. É que a Geórgia conseguiu aquilo que nós não conseguimos há 4 anos: fugir mais uma vez ao último lugar do seu grupo agora batendo concludentemente a selecção da Roménia por 25-9!
24 outubro 2011
DESCOBERTA: SERÁ QUE O GASÓLEO NÃO É UM DERIVADO DO PETRÓLEO?
O jornalismo – mesmo o especializado – agradece e engole a notícia com isco e com chumbo incluído: O preço do gasóleo vai subir esta semana, mas a gasolina vai ficar mais barata. A tendência dos mercados indica mais esta alteração no valor do litro de cada combustível. Grandes mercados! Conseguem ficar com a responsabilidade da descida do preço da gasolina por causa da evolução do preço da matéria-prima mas também com a da subida do preço do gasóleo sem se perceber porquê!?
23 outubro 2011
MEMÓRIAS E AMNÉSIAS: A EDUCAÇÃO NO ESTADO NOVO E NA ALEMANHA ORIENTAL – 1
Por serem tão poucos, é a contragosto que ouço os apelos vindos dos seus adversários de outrora, pedindo que não apaguem a memória desses anos, como se o esquecimento desses tempos fosse um acto deliberado. Já agora, promovido por quem? É que eu registo o paradoxo engraçado de se situarem na mesma área política (quando não se tratam das mesmas pessoas…) os mais enérgicos memorialistas da história do fascismo em Portugal mas também os maiores amnésicos da história do comunismo no Mundo… E contudo, a História do período dos regimes totalitários do Século XX parece estar ainda por fazer.
MEMÓRIAS E AMNÉSIAS – A EDUCAÇÃO EM PORTUGAL DURANTE O ESTADO NOVO (1926-74) E NA ALEMANHA ORIENTAL (1949-90) – 2
MEMÓRIAS E AMNÉSIAS – A EDUCAÇÃO NO ESTADO NOVO E NA ALEMANHA ORIENTAL – 3
Se a fotografia anterior é eloquente quanto à abertura e profundidade do debate ideológico, também o é quanto à hostilidade do regime contra a República Federal da Alemanha, o estado capitalista rival. Terá sido a pretexto dela que a Alemanha Democrática levou a formação escolar a extremos que aqui o Estado Novo não teria ousado, como ministrar aulas de instrução militar ao 9º e 10º anos de escolaridade – primeiro facultativas, elas vieram a tornar-se obrigatórias a partir de 1978. Nesta fotografia acima de 1975, vê-se um sargento do NVA a ministrar uma dessas aulas tendo por tema a balística.
Finalmente, há uma clara distinção de atitude entre os regimes no que respeita ao ensino universitário. Enquanto em Portugal a Universidade atravessou o período dos 48 anos de ditadura ensimesmada e paroquial, desde o princípio que a da Alemanha Democrática, também por causa dos princípios ideológicos do internacionalismo proletário, se tornou cosmopolita, especialmente para os estudantes de países irmãos ou em vias de desenvolvimento. De 2.000 estudantes estrangeiros por ano na década de 1960, a Alemanha Democrática acolhia 5.000 dez anos depois e 10.000 na década de 1980.
¹ Organização Política e Administrativa da Nação.
² No alemão original respectivamente DDR (Deutsche Demokratische Republik) e BRD (Bundesrepublik Deutschland).
22 outubro 2011
O HERDEIRO
Na verdade, de acordo com a Lei Básica da Governança, adoptada em 1992 sob o Rei Fahd, que regulamenta as regras da sucessão ao trono saudita, a posição de Príncipe Herdeiro acaba por combinar não apenas a questão das precedências na sucessão futura ao trono mas também os equilíbrios com o exercício do poder político na actualidade. Assim foi em 2005 quando o Rei Abdallah (nascido também em 1924) sucedeu ao seu meio-irmão Fahd (1921-2005) e assim será agora quando o Conselho se reunir para escolher o sucessor de Sultan, em que o favorito é o Príncipe Nayef bin Abdul-Aziz bin Saud (n. 1933). Claro que estes costumes são retrógrados, reaccionários e de cariz feudalista. Onde é que já se viu numa sociedade socialista, cientificamente evoluída, o poder transitar assim de um dirigente octogenário para um seu irmão septuagenário?...
«SHAMPOO MASTER CARPET CLEANER APLICATOR»
21 outubro 2011
NÚMERO ERRADO
Contudo, a verdade é que muito se evoluiu tecnicamente desde essa altura. Há mais de 50 anos que a esmagadora maioria das centrais telefónicas são automáticas e, exceptuando alguns excepcionais erros de configuração, os telefones ligam para o número que foi marcado pelo utilizador. Nos modelos de telefone clássicos (abaixo) havia ainda a possibilidade deste último poder discar um número errado por engano mas os modelos mais recentes, além de recorrerem a teclas contêm um mostrador com o número entretanto digitado…
Contudo a sociologia não tem acompanhado a técnica e quem marca um número errado ainda se pensa nos tempos do Evaristo, culpando algum génio malfazejo por estar a interferir nas suas comunicações. A quantos de nós não nos aconteceu já, atender o telefone e uma voz do lado de lá perguntar-nos assertiva e inquisidoramente: - Donde é que fala? O tom costuma colocar-nos à defesa como se a culpa fosse nossa e o incómodo alheio, quando se trata precisamente do contrário... Responde-se no mesmo tom, seco: - E para onde é que quer ligar?
20 outubro 2011
TRADUÇÕES «À TGV»
19 outubro 2011
VÍTOR GASPAR, o DROOPY
A personagem com que o acho mais parecido é com Droopy, aquela cão discreto saído da imaginação de Tex Avery. Não é apenas pela semelhança física, com aquele olhar triste comum e em que aqueles intermináveis papos por debaixo dos olhos de Vítor Gaspar funcionam como cópias das orelhas do cão; é também pelo comportamento, em que a atitude composta e o discurso comedido dos dois os torna em irmãos inseparáveis…
18 outubro 2011
«GOVERNO DEVIA TER MINISTRO PARA O ESTADO SOCIAL»
SOBRE A SUPERIORIDADE MORAL DO EXÉRCITO DE CONSCRITOS
Mas o que me interessa aqui desenvolver é a forma como se estabeleceu a cooperação militar entre os dois exércitos que haviam sido os antagonistas da Batalha de Waterloo (1815) e o inesgotável tópico que consiste na forma geralmente sobranceira como os franceses viam (e vêem…) os seus aliados que apenas perde em inesgotabilidade para a forma desdenhosa como os britânicos lhes retribuíam – e retribuem… Um oficial francês deixou-nos as suas impressões – típicas – numa carta que enviou para casa:
Os soldados britânicos mostram-se entusiasmados, é gente forte e bem constituída. É de admirar os seus uniformes elegantes, todos novos, o seu excelente comportamento, a precisão e o rigor das suas manobras de ordem unida e a beleza dos seus cavalos, mas a sua maior fraqueza é que estão demasiadamente habituados ao conforto; vai ser difícil dar resposta aos seus inúmeros pedidos quando estivermos mesmo em campanha.
Neste caso, os militares franceses falavam de cima para baixo e com toda a propriedade dos seus homólogos britânicos: as Academias militares fundadas em França desde o período napoleónico (Saint-Cyr) formavam novas classes de oficiais profissionais que estavam tecnicamente mais bem preparados, eram tacticamente melhores e socialmente mais próximos dos seus homens do que os seus homólogos de origem aristocrática do outro lado do Canal da Mancha, onde as patentes de oficial ainda eram adquiridas pelos mais abonados. A adicionar, o exército francês contava com mais de duas décadas de uma contínua evolução táctica, envolvido como estava desde 1830 na Guerra da Argélia.
Um soldado francês de uma das unidades de elite formadas em consequência dessa Guerra, o 1º Batalhão de Zuavos (gravura acima – a designação Zuavos transformou-se no sinónimo de tropa de elite na segunda metade do Século XIX, tal como aconteceu algo parecido com a designação Comandos na segunda metade do Século XX), deixou-nos também a sua perspectiva na comparação entre os dois exércitos:
Os recrutadores britânicos parecem ter ido remexer os fundos da sua sociedade porque só as classes inferiores é que terão sido mais sensíveis às suas ofertas de dinheiro. Se os filhos dos remediados também fossem incorporados, os castigos corporais infligidos aos soldados britânicos pelos seus oficiais já há muito teriam sido proibidos pelo código penal militar. Só a visão da aplicação desses castigos nos revolta logo, lembrando-nos como a Revolução de 1789 aboliu o castigo das chicotadas no exército conjuntamente com o estabelecimento do recrutamento universal… O exército francês é composto por uma classe especial de cidadãos submetidos às leis militares, que são severas mas aplicadas com equidade a todas as patentes. No Reino Unido o soldado não passa de um servo – uma propriedade do Estado – que é dirigido por dois métodos contraditórios entre si. O primeiro é o do pau e o segundo é o do bem-estar material. Os britânicos têm um instinto apurado para o conforto: viver bem, numa tenda confortável, com um belo naco de carne grelhada para almoço, acompanhado de vinho tinto e um bom abastecimento de rum – são estes os objectivos do tarata inglês e são essas as pré-condições essenciais para o seu valoroso comportamento em combate… Mas se os seus abastecimentos se atrasarem, se ele tiver que dormir na lama, ir à procura da lenha para se aquecer ou avançar sem o seu beef e o seu grog, então as fileiras britânicas desmoralizam-se rápida e genericamente.
Este poste já vai comprido mas, mesmo assim, é minúsculo comparado com a biblioteca que existirá analisando as vantagens sociais, políticas e outras entre a aplicação – ou não – do regime do serviço militar obrigatório e a existência de um exército de conscritos versus a de um exército de voluntários. Uma coisa é certa: trata-se de duas realidades distintas e há que sabê-las distinguir porque há quem ande para aí proferindo declarações em nome das Forças Armadas portuguesas como se elas fossem algo que já não são depois da sua profissionalização.
17 outubro 2011
TINTIN por STEVEN SPIELBERG
É por causa desses fenómenos que me preocupa como será o próximo aparecimento de Tintin em 3D, cujo lançamento próximo descobri anunciado numa campanha televisiva acompanhando a publicidade ao Peugeot 5008 (acima). A preocupação não é por se tratar de uma realização de Steven Spielberg. É por causa daquela gigantesca máquina que se movimenta à sua volta que, a propósito de Parque Jurássico, até nos conseguiu persuadir que as crianças adorariam os dinossauros, criando uma denominada dinomania à escala mundial com brinquedos, desenhos, adereços, etc., a que os pais, entre o ignorante e o complacente, aderiram. Conhecendo o potencial das 23 Aventuras de Tintin para a produção desse pechisbeque, adivinho um futuro perturbado para as minhas memórias de Tintin…
16 outubro 2011
ALWAYS LOOK ON THE BRIGHT SIDE OF LIFE
Naquele que parece ser, final e verdadeiramente, o último fim-de-semana ensolarado do Verão e depois de uma semana em que o nosso primeiro-ministro nos anunciou que os salários anuais pagos em 14 prestações vão tornar-se numa graciosa recordação do passado, vale a pena ouvir esta singela canção dos Monty Python intitulada Always Look on the Bright Side of Life (Olhem Sempre para o Lado mais Positivo da Vida). O segredo do seu humor corrosivo é que a canção tem mais valor quando quem a ouve atravessa o estado de espírito que precisamente agora nos domina: sem paciência para discursos optimistas… Por isso achei-a apropriada para os dias que correm.
15 outubro 2011
AS DECLARAÇÕES DO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS SARGENTOS
É este último aspecto que me intriga e que a comunicação social nunca me esclarece: não o peso das palavras mas o peso de quem as profere. Quantos filiados terá o sindicato dos sargentos? E desses, quantos terão as quotas em dia e participarão com regularidade nas suas reuniões? É importante percebermos qual é a legitimidade para que Lima Coelho se pronuncie em nome de «os militares» e das «Forças Armadas», quando até há uma hierarquia legítima para o fazer…
É que, dadas as circunstâncias, as afirmações são suficientemente sérias para poderem ser acauteladas como se se tratassem uma reedição do famoso juramento do Ralis de 1975 caso António Lima Coelho seja um verdadeiro representante dos escalões intermédios dessas Forças Armadas ou então é para serem parodiadas como mais uma daquelas coisas que a tertúlia dos camaradas adora dizer e que qualquer jornal se dispõe a publicar porque vende papel…
OS VÍDEOS DAS PATRANHAS
Em consonância com o exemplo de George Bush (pai) nos Estados Unidos em 1988 (acima), um presidente dos Estados Unidos hoje já bastante esquecido, mesmo se não vier a conseguir mais nada de realce na História de Portugal, há que reconhecer que Pedro Passos Coelho (abaixo) já assegurou uma estadia perene entre aqueles vídeos do You Tube em que se evocam as grandes aldrabices pré-eleitorais da história política recente…
14 outubro 2011
A MANCHA DA PROTAGONISTA
Mas o incidente terá servido para definir as relações de poder entre a protagonista e a máquina. Submissa, Angela Merkel, que começou por ser uma discípula de Helmut Kohl, mostrou-se boa aluna e alguém que aprende rapidamente…Como se percebe por este conjunto de poses das fotografias acima, que são mais simbólicas do que propriamente substantivas acerca daquilo a que me quero referir neste poste…
¹ Pessoa originária da antiga Alemanha Oriental.² Programa de informática para tratamento de imagem.
O PIG DE RABO ESTICADO…
Onde os porcos torcem o rabo é na curiosa ausência da Irlanda em qualquer destes três cartoons substituído em dois casos pela Itália e no outro pela Bélgica… Trata-se de uma ausência tanto mais incompreensível quanto a Irlanda até foi o segundo país da zona euro – depois da Grécia, mas ainda antes de Portugal – a solicitar um programa de assistência financeira…