27 outubro 2018

O 2º RALLYE INTERNACIONAL TAP

27 de Outubro de 1968. Nesse Domingo de há 50 anos, conjuntamente com os Jogos Olímpicos do México, terminava o 2º Rallye (sic) Internacional TAP. A prova fora um sucesso, a começar pela sua exigência: dos 190 concorrentes inscritos à partida, apenas 22 haviam chegado ao seu fim. Mas o mais surpreendente para os fãs actuais da modalidade é constatar como a competição podia ter terminado sem que se soubesse quem era o vencedor. As classificações eram estabelecidas por um sistema de pontuação e não apenas por tempos, como hoje se faz, e, para citar uma passagem do artigo que explica a indecisão, «não é (era) possível saber, ainda, a classificação de uma prova de tal envergadura. Há que reunir todos os valores das penalizações sofridas por cada concorrente durante todo o "rallye" e ordená-las. Mas graças á utilização de um computador electrónico da companhia patrocinadora do "rallye", os resultados devem ser anunciados dentro de poucas horas. Porém, segundo os cálculos provisórios, Tony Fall ou Paddy Hopkirk deverão ser os vencedores. (...) As classificações oficiais serão afixadas amanhã, á tarde, no Casino Estoril.» O vencedor veio a ser Tony Fall, que conduzia um Lancia Fulvia HF 1.3 (abaixo) que recebeu 16.503,3 pontos (quanto menos pontos, melhor - Hopkirik recebeu 17.989,6). A reputação competitiva do Rallye (sic) TAP consolidara-se indiscutivelmente, mas as condições para que a prova se tornasse verdadeiramente popular ainda tinham um grande percurso a percorrer. Não havia grande disposição para acompanhar uma prova que terminava sem que se soubesse de imediato quem a vencera porque havia que fazer umas contas complicadas que ninguém queria perder tempo a entender - tanto assim que até era melhor que fosse um «computador electrónico» a fazê-las...

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