10 de Março de 1939. A notícia que abalava a Europa há oitenta anos era a demissão do chefe de governo eslovaco, monsenhor Jozef Tiso (1887-1947), por parte do presidente checoslovaco Emil Hácha (1872-1945). O conflito civil checoslovaco, que viera a ser fomentado pela Alemanha, vai ser aproveitado por ela dali por uma semana, para estender a sua ocupação militar ao resto das províncias checas da Checoslováquia (Boémia e Morávia), enquanto a Eslováquia proclamava por seu lado a sua «independência».
Adolf Hitler ganhou esta jogada mas, a má fé de que deu mostras na forma como conduzira a questão, fez com que perdesse qualquer credibilidade diplomática com qualquer parceiro. Foi só em Março de 1939 que até os políticos mais crentes tiveram que se render à evidência que Adolf Hitler não era parceiro de se fiar. O pacto Germano Soviético que virá a ser assinado em Agosto de 1939 (para que a Alemanha possa atacar a Polónia à vontade) é tanto mais sórdido quando é assinado de má fé pelas duas partes: nem Stalin confia em Hitler, nem Hitler confia em Stalin; estão ambos a ganhar tempo: só que o calendário de Hitler se veio a revelar mais premente do que o de Stalin.
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