O Estado de Israel passou os primeiros 20 anos da sua existência (1948-67) a desenvolver um notável programa de capitalização das simpatias alheias, a começar pelos sentimentos de remorso dos países vencedores da Segunda Guerra Mundial. Poucos saberão que a União Soviética de Estaline foi a primeira potência a reconhecer o Estado de Israel e que a Checoslováquia foi um dos seus primeiros fornecedores de material de guerra. Só depois, a lógica da Guerra-Fria os colocou em campos opostos.
O sucesso do programa constatava-se nos princípios de 1967 quando o bloco ocidental em peso tomava como suas as penas de Israel no conflito israelo-árabe. Depois, Israel passou os 40 anos seguintes a ser muito mais selectivo nas opiniões públicas que procurava cativar (Estados Unidos), até chegar à situação actual, onde a hostilidade europeia o levou a desenterrar o fantasma do congénito anti-semitismo europeu… Mas isso, não interessa agora para a nossa história.
O sucesso do programa constatava-se nos princípios de 1967 quando o bloco ocidental em peso tomava como suas as penas de Israel no conflito israelo-árabe. Depois, Israel passou os 40 anos seguintes a ser muito mais selectivo nas opiniões públicas que procurava cativar (Estados Unidos), até chegar à situação actual, onde a hostilidade europeia o levou a desenterrar o fantasma do congénito anti-semitismo europeu… Mas isso, não interessa agora para a nossa história.


Sob essa impressão de superioridade técnica, o Mirage III tornou-se um poderoso argumento da política externa francesa junto da generalidade dos países árabes, especialmente os produtores de petróleo. Assim, em 1970, por exemplo, a França acordou vender 50 Mirages III à Líbia, numa transacção aparentemente absurda para um país que tinha naquela época uma força aérea militar incipiente. O tema foi levado também para a ficção, nomeadamente através da BD de Tanguy e Laverdure (abaixo).



* Dispositivo acoplado aos tradicionais motores a reacção que permite, à custa de um consumo de combustível múltiplo do normal, obter acelerações significativas. Só costuma ser usado pela aviação militar.
Embora a aviação egípcia tenha sido destruída no solo, os combates aéreos "Mirage"-"Mig-21" deram vantagem ao primeiro devido ao melhor treino dos pilotos, que se deram ao luxo de abater os "Mig" a tiros de canhão... Parece que os mísseis "ar-ar" da "Matra" eram demasiado caros!!!
ResponderEliminarCaros e sobretudo escassos, pois qualquer stock de mísseis tende a desaparecer rapidamente quando uma força aérea entra em operações de combate, como os argentinos descobriram em 1982, quando gastaram os seus Exocet e queriam comprar mais aos franceses...
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