17 maio 2020

EVOCAÇÕES DE UMA ÉPOCA EM QUE O MALCRIADO QUE ESTRAGAVA A CIMEIRA ERA O RUSSO E NÃO O AMERICANO

17 de Maio de 1960. Em Paris, estava em curso uma cimeira dos dirigentes dos "Grandes" (para adoptar a terminologia do Diário de Lisboa): Eisenhower pelos Estados Unidos, Kruchtchev pela União Soviética, MacMillan pelo Reino Unido e o anfitrião, de Gaulle. E a notícia do dia era que o russo se baldara à reunião: fora passear para os arredores de Paris, amuado, porque os outros três participantes não haviam contemporizado com a cena dramática que ele havia montado, à conta do abate do avião espião U-2 dos americanos.
A cimeira foi evidentemente um fiasco, uma perda de tempo para todos, enquanto o dirigente soviético consolidou a imagem internacional, que já viera adquirindo anteriormente, de pessoa instável, dada a temperamentos. Nikita Kruchtchev foi afastado dos cargos que ocupava em 1964 e durante décadas, os "Grandes" não tiveram dirigentes pitorescos do mesmo calibre, até à eleição de Donald Trump. Com ele, as cimeiras passaram a ser novamente uma animação (veja-se abaixo), só que agora a vedeta deixou de ser russa e passou a ser americana.

1 comentário:

  1. Lavoura: antes de se desenfiar produzindo mais comentários críticos a outros postes que eu tenha entretanto publicado, responda, por favor, às críticas que, por sua vez, os seus comentários críticos receberam e que ficaram por responder.

    É o caso concreto das "marteladas estatísticas" que inventou para nos tentar convencer que o efeito da pandemias nos Estados Unidos é "mais ou menos" o mesmo que em Portugal. Por uma vez levámo-lo a sério e você fez como o Trump que não é responsável por nada que seja desagradável.

    Só se o assumir é que faz sentido levar o que escreve minimamente a sério. Só assim posso equacionar a hipótese de considerar publicar aquilo que escreve - por muito disparatado que seja. É o caso do comentário que aqui deixou e que eu vetei.

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