Um terramoto foi o que aconteceu ainda ontem à primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, quando ela dava uma entrevista a um canal de televisão. Jacinda transformou-se numa coqueluche da comunicação social internacional (especialmente depois de discursar numa das recentes sessões da Assembleia Geral da ONU, onde protagonizou um significativo contraste com Donald Trump), mas o episódio que o vídeo acima exibe, demonstra o quanto ela tem pinta... e sangue frio. A pinta (muita) e o sangue frio (nenhum) que faltaram ao Chicão quando ele aqui há coisa de dois meses e meio se viu numa situação precisamente idêntica enquanto discursava no Funchal (abaixo). Para aqueles (como eu) que gostam de escrutinar os assuntos até ao pormenor (para estragar o trabalho dos encarregados de arranjar desculpas e obrigá-los a arranjá-las, às desculpas, ainda mais estúpidas e inverosímeis), esclareça-se que o terramoto da Jacinda (5,8 graus na escala de Richter) foi maior do que o do Chicão (5,2). Em contrapartida a expressão do Chicão é visivelmente mais assustada do que a da Jacinda (tipo 2,0 graus na escala da Cueca Borrada). Estes momentos são minudências numa carreira política, mas não se fingem nem se forjam. Estão lá. E é por isso que , por muito que ele venha a fazer, perdura a impressão que o Chicão não vai levar o CDS a lado nenhum.
É para me ir embora? é para evacuar a sala? Não? Então posso continuar? Não há azar?
ResponderEliminarNão sei se sabes, Artur, que a alcunha colegial do Chicão é "rato".
ResponderEliminarE, de facto, a cara que ele faz quando se apercebe que a terra está a tremer são uns olhos assustados de rato. É a sabedora centenária da instituição.
Chicão é uma alcunha que depois lhe deram os jotinhas do CDS, e, de facto, tenho uma grande dificuldade em perceber as razões do aumentativo.
... pena, nos pormenores que escrutina, não ter pesquisado a realidade neozelandesa ao nível dos fenómenos naturais, para desenvolver a comparação. Estou-me nas tintas para o "Chicão" mas podia ser mais rigoroso na comparação. E uma vez que sublinha as reacções bem podia elaborar porque a Srª ministra estará mais habituada a tremores. Como acompanho o que escreve entendo a simpatia ...
ResponderEliminarPara além da generalidade, em concreto, o que é que entende por «a realidade neozelandesa ao nível dos fenómenos naturais» que me faltou pesquisar «para ser mais rigoroso na comparação»? Trata-se da reacção de duas pessoas a um tremor de terra. Estão à vista nos dois vídeos para serem comparadas. Creio que as pessoas compreendem o que vêem sem precisar de «elaborações».
ResponderEliminarE já agora, porque tem o desplante de me pedir para ser «mais rigoroso» chamo-lhe a atenção que a «Srª ministra» de que fala é primeira-ministra. Que pena que tenha sido tão pouco rigoroso a pedir rigor aos outros...
E, já agora, como não assina o que escreve, não faço a mínima ideia se acompanha ou não o que escrevo. É-me irrelevante se o faz realmente ou se está a mentir, mas entendo a necessidade de o deixar expresso, apesar do expediente do anonimato...
Acompanho o seu blog para ter referência ao centro, para não cair para a direita. E assim continuar moderado. Isso não inválida que sublinhe detalhes. Depois, sei bem o meu lugar, e por isso também o sigo, que é contar tostões .
ResponderEliminar1) Este último acompanhante anónimo do meu blogue é o mesmo acompanhante que ontem se reclamava do mesmo estatuto, ou é outro? Como compreende, anónimo, isto dos anonimatos tem inconveniências...
ResponderEliminar2) Esta pergunta é para o anónimo de hoje, seja ele ou não seja a reencarnação do outro: o que é isso de contar tostões?
... quanto ao ponto dois passo-lhe um perfil que pode ser útil.
ResponderEliminarTrata-se de uma pessoa nascida no final do Séc. XX inicio do Séc. XXI, precário intermitente a recibos verdes. Quando tem trabalho, tem horário trabalho como se tivesse contrato, só não tem contrato. Ou, se vai entrar no mundo do trabalho antes de começar a laborar já está a pagar. Pagar a um banco para ter uma conta bancária e a um prestador de serviços de dados para ter uma conta de email. Sem estas coisas, das duas uma ou entra e fica à margem, ou as Finanças não o deixam colectar-se e assim não pode entrar no mercado. Mas, no geral, não será só o facto ser precário, como ainda se é tratado pelo Estado pior do que a Função Pública. Ou seja, não tem segurança no trabalho, aumentos cíclicos, direito à greve, como desconta mais, é explorado e mal pago. Por outro lado, se por acaso está "descoletado" e se inscreve num Centro de Emprego é mal tratado. Uma postura altiva onde parece que deve ou coisa, tipo subsidio de reinserção, ao Estado, e IEFP está ai para cobrar essa dívida.
Num dimensão pessoal, a título familiar, será uma pessoa que terá de pensar e repensar: aumentar família, contrair um empréstimo, se tiver capacidade de o contrair ou o banco o disponibilizar, no intuito de financiar. Porque sem o suporte de progenitores ou familiares a aquisição de casa, automóvel ou equipamentos, não será fácil investir.
Quanto primeiro ponto, dá para distinguir. Não questiono a paleta, quanto muito, sem articular com outros tons, fico-me um sem o desenvolver muito.
Lamento dizer-lhe, a este último comentador anónimo, que a "passagem" do perfil foi... inútil, porque não explica a associação de me seguir (aqui no blogue) com a "contagem" de tostões.
ResponderEliminarMais inútil ainda: fico na dúvida se tive por interlocutor(es) um, dois ou três anónimos, o que me leva à conclusão que é tempo de bloquear a publicação de comentários do género.