14 novembro 2019

QUANDO O REGIME COMUNISTA CHINÊS ANUNCIOU QUE IRIA RESPEITAR A INTEGRIDADE DE MACAU

14 de Novembro de 1949. Desta vez o Diário de Lisboa podia falar daquilo que até aí fora um tema tabu na imprensa: o destino de Macau perante o avanço das tropas comunistas. Podia fazê-lo porque as notícias se apresentavam positivas, o que era um alívio para o governo português, que assistia impotente ao desenrolar dos acontecimentos. Os «chefes comunistas» faziam declarações em que se mostravam dispostos a respeitar a fronteiras das duas colónias (Hong-Kong e Macau), embora, mais adiante, se percebesse que isso tinha o preço das administrações coloniais não apoiarem as forças nacionalistas: «Os aviões e navios nacionalistas não podem reabastecer-se em Hong-Kong», lia-se no desenvolvimento da notícia, escamoteando mais uma vez que essa restrição acontecia também com Macau. Mas, a envergonhada discrição portuguesa a respeito de todo o problema, contrastava, com vantagem, com uma atitude exagerada de confrontação dos britânicos (abaixo), que, de tão exagerada, nem chegava para convencer os informados entre a sua própria opinião pública.

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