04 novembro 2019

COMEÇO DA CRISE DOS REFÉNS DA EMBAIXADA AMERICANA DE TEERÃO

4 de Novembro de 1979. Cerca de 400 manifestantes assaltam a embaixada norte-americana em Teerão, tomando como reféns 56 pessoas que ali se encontravam. O assalto decorreu perante a passividade e o sequestro recebeu o posterior endosso das autoridades iranianas. O gesto de há 40 anos constituiu uma ruptura completa com as centenárias regras e protocolos internacionais da segurança diplomática e dos seus agentes e os Estados Unidos acusaram de tal modo o golpe que até hoje não o quiseram esquecer. Mas, para que os americanos não fossem colocados nessa posição de vítimas, a distorção (spin) na redacção da notícia de um típico jornal pró-comunista e anti-americano, como era o caso do Diário de Lisboa (acima), consistiu em esconder (página interior) e banalizar o acontecimento, como se fosse normal um estado usar agentes civis seus para ocupar as instalações diplomáticas e tornar reféns o pessoal diplomático de outro estado, com o fito de utilizar estes últimos como reféns e meio de pressão diplomática - "Até que o Xá seja entregue". O Xá não foi entregue e a esmagadora maioria dos reféns americanos (42) irão permanecer em cativeiro por quatorze meses e meio, só sendo libertados em 20 de Janeiro de 1981. Nessa altura, o Xá já havia morrido, seis meses antes... Se a conduta dos Estados Unidos no Irão fora, até aí, vergonhosa e mesmo condenável, o Irão, com esta tomada de reféns, empatou muito rapidamente o jogo.

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