31 agosto 2015

HÁ UMA ESCALA PARA (QUASE) TUDO

Foi graças à minha amiga Ana e as suas Garfadas On-Line que fiquei a saber que havia uma escala para medir o picante denominada Escala de Scoville. O nome foi-o buscar a um norte-americano, Wilbur Scoville (1865-1942), que a estabeleceu baseado em critérios objectivos vai para mais de 100 anos (1912). Como se observa acima, a escala varia de zero a dezasseis milhões e saber da existência de tabela tão cientificamente rigorosa foi uma surpresa completa para quem até agora se limitara a avaliar a agressividade da coisa pelo seu aspecto ou pelos tradicionais um, dois ou três pimentos bem vermelhos à frente da denominação dos pratos nos cardápios dos restaurantes indianos e/ou mexicanos. Constatando-se assim que há escalas científicas para aspectos dos mais improváveis do nosso quotidiano, pergunto-me se alguém conhecerá por aí uma escala que, em vez do picante, avalie o descaramento político? É que, para os mais distraídos, recorde-se que há 50 meses que Pedro Passos Coelho dirige um governo que tem sido repetidamente repreendido por estar a acentuar as desigualdades sociais em Portugal. E é só agora, depois de nem sequer ter fingido fazer algo que fosse a esse respeito que, a um mês das eleições, se resolve a anunciar que elege o combate às desigualdades sociais como prioridade? É do mais picante que pode haver no manobrismo político...
Já depois de ter publicado apareceu-me esta fotografia abaixo no facebook. Não resisti a transpô-la. Ainda bem que, na opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, a coligação está em vantagem nas redes sociais, porque assim estas montagens servem só para equilibrar a desvantagem...

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