02 julho 2023

A DEMISSÃO «IRREVOGÁVEL»

2 de Julho de 2013. Paulo Portas apresenta o seu pedido de demissão do governo ao 1º ministro Pedro Passos Coelho e, com esse gesto consegue algo, como político e ministro dos Negócios Estrangeiros, que os anos despendidos como director e jornalista no jornal Independente nunca lhe haviam permitido alcançar: a autoria de todo um novo significado para uma palavra da língua portuguesa - irrevogável. Graças a esta carta de demissão, que fora ironicamente o próprio Portas a fazer transpirar para os jornais, e sobretudo à passagem em que é mencionada (associada à sua consciência...), a palavra irrevogável adquiriu um novo sentido irónico no nosso idioma, precisamente contrário ao sentido original que a palavra sempre possuíra até aí. Também não fez muito bem à seriedade e à reputação do irrevogavelmente demissionário que, como se sabe, continuou irrevogavelmente no governo e levou um pontapé para cima

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