02 fevereiro 2018

«EU VI UM SAPO - E TIVE QUE O ENGOLIR»

2 de Fevereiro de 1986. O Partido Comunista Português obrigava-se a um congresso extraordinário para que se alterassem as suas resoluções prévias quanto à recomendação de voto para a segunda volta das eleições presidenciais. A opção entre votar em Mário Soares ou corresponsabilizar-se por uma derrota revestia-se de um aspecto de humilhação para os comunistas que se consubstanciava na expressão (rapidamente adoptada) de eles terem que engolir um sapo. Nem de propósito, pouco anos antes, uma cantora infantil popularizara uma melodia que fazia referência precisamente a um bicho desses e as coisas combinavam-se (veja-se a coreografia do coro). Desde há trinta e dois anos para cá, no vocabulário da política em Portugal, consagrou-se a expressão como sinónimo de frete político quase insuportável.

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