01 julho 2016

E O CÉREBRO DE UM JORNALISTA TÍPICO, QUANTO PESARÁ?

Inúmeros jornais deram a notícia e/ou contaram a história triste de uma adolescente que veio a morrer após continuadas queixas, visitas ao hospital e um muito provável mau trabalho hospitalar, a incapacidade de identificar e/ou localizar um tumor cerebral. Tumor cerebral esse a que toda a comunicação social - e perdoe-se-me o trocadilho - acefalamente atribuiu um peso de 1,670 quilos. É obra quando o cérebro normal de um adulto tem um peso entre os 1,300 e 1,500 quilogramas - é um valor de referência que está disponível em qualquer referência da internet. Alguém me explica como é que um cérebro e um tumor com um peso superior conseguem caber simultaneamente num mesmo crânio? Alguém me explica como é que numa profusão de redacções espalhadas por esse país fora não há um jornalista que seja que tenha uns rudimentos de conhecimentos de biologia para se ter apercebido do disparate e o corrigir? No meio de notícias que estão carregadas de críticas (justificadas) aos profissionais da área da saúde, não apetece perguntar quanto pesará afinal o cérebro de um jornalista típico?

6 comentários:

  1. Alguns jornalistas, sobretudo certas meninas da TVI e da CMTV, terão sequer cérebro?...

    ResponderEliminar
  2. Um rim pesa 300 gramas e já houve tumores renais com 3 ou 5 Kg.

    http://www.health24.com/Medical/Kidney-and-bladder/About-Kidney-and-bladder/south-african-returns-from-the-us-for-life-saving-surgery-20151127

    ResponderEliminar
  3. Eu não percebo muito bem qual a intenção de comentar tentando desviar o assunto dos tumores do cérebro para os tumores do rim. Não é por aí que se consegue rebater a espectacular exibição de ignorância de toda uma classe profissional.

    O cérebro está encerrado dentro dos ossos do crânio, ao contrário do rins. Os ossos são rígidos, não se distendem, ao contrário dos tecidos moles que rodeiam os rins.

    Mas um tumor cerebral de 1,670 kg a coexistir com um cérebro quase do mesmo tamanho só se pode conceber se a doente tivesse desenvolvido dois crânios como que no formato de um amendoim... Ora não é isso que se vê nas fotografias.

    Não será assim muito curial fazer humor à custa de uma tragédia, mas ele há argumentos que o merecem, pela sua persistência em defender a ignorância, de uma forma que apenas valida a mediocridade denunciada inicialmente.

    ResponderEliminar
  4. Não vi nenhuma fotografia do corpo.
    Basta 25% de aumento do diâmetro para duplicar o volume e a massa de uma esfera.
    Volume não é como o comprimento, progride ao cubo.

    Além disso, a cabeça tem em média 5 Kg de peso (1 Kg será caveira), onde a parte facial ocupa bastante menos de metade da cabeça - o que é outra maneira de ver o peso das coisas, sem reduzir ao espaço do cérebro.
    O tumor pode ser mais denso, há ainda espaço entre os órgãos, que não está comprimido, mas pode ficar.

    Ninguém disse que o valor não é estranho!
    Simplesmente duvidar com base nesse argumento é igualmente infundado ou insuficiente.

    http://hypertextbook.com/facts/2006/DmitriyGekhman.shtml
    http://www.internetdict.com/answers/how-much-does-the-human-skeleton-weigh.html

    ResponderEliminar
  5. É pá, oh Anónimo, você apresenta aí umas teses que me parecem capazes de revolucionar completamente tanto a neurologia como a neurocirurgia. E essa do tumor mais denso merece mesmo um "paper".

    Eu explico-lhe: mesmo se pela sua tese o tumor de 1.670 g tivesse a densidade do CHUMBO(!) (10.66 g/cm3) teria um volume de 147 cm3, o que equivaleria a um volume adicional de 10% em relação ao volume de um cérebro normal que têm 1.400 cm3.

    Conclusão: ou você é extremamente inteligente e candidato a um Prémio Nobel ou é desesperadamente estúpido e está a argumentar sem perceber nada sobre o que escreve.

    Mas, como já deu para aquilatar da sua inteligência, é por isso que não posso permitir que o meu interlocutor continue a esconder-se atrás do anonimato. A partir de agora só lhe autorizo comentários se se identificar devidamente. Se tenho o privilégio de estar a discordar de um potencial Prémio Nobel da Medicina tenho de saber de quem se trata...

    ResponderEliminar
  6. Num derradeiro assomo, o meu interlocutor anónimo acrescentou mais uma réplica que eu, cumprindo o que lhe prometera no caso de não se identificar, não autorizei.

    Asseguro-vos que não se perdeu nada. Nada, no conteúdo da resposta, se propõe defender os disparates anteriores, nomeadamente o "tumor ultra-denso" que eu próprio "compactei" até à densidade do chumbo para demonstrar que continuava a não caber dentro do crânio. Tanto pior que o destinatário principal da demonstração mostrasse nada ter percebido. Concedo que não se tivesse aplicado. Concedam-me a desconfiança que a sua aplicação não teria feito qualquer diferença.

    Mas o que mais me diverte nesta troca de disparates é a pulsão da classe para dizer uma última coisa, qualquer coisa, nem que seja um trocadilho infeliz como aconteceu neste caso, como se se tratasse de numa recuperação daquela atitude quando duas crianças trocavam "mimos" e a que "encaixara" se sentia na obrigação de dizer à outra para não dar parte de fraca: "Não doeu!"

    ResponderEliminar