05 junho 2023

RECORDAÇÃO DE COMO ERA O AMBIENTE POLÍTICO-MEDIÁTICO HÁ PRECISAMENTE DEZ ANOS

5 de Junho de 2013. A SIC aproveitava o pretexto de, naquele dia, se completarem precisamente dois anos sobre as eleições legislativas que haviam levado Pedro Passos Coelho ao poder, para, no seu telejornal da hora do almoço, fazer um balanço muito crítico do que fora a acção governativa do governo PSD/CDS sob as imposições da troica nesses quase dois anos de governação. São quase oito minutos que vale a pena ver, pelo menos em parte, para recordar como era o ambiente político-mediático daquela época, a pressão sobre o primeiro-ministro, as promessas que fizera e os resultados que (não) alcançara, onde não faltava Marcelo Rebelo de Sousa, que apesar de não ser presidente, já se impunha na sociedade portuguesa por estar sempre a dizer coisas: mudara de ideias em relação ao ministro das Finanças, «...sempre disse(ra) que Vítor Gaspar era uma mais-valia, mas começa(va) a ser uma menos-valia para o governo (...). Se eu fosse primeiro-ministro ele tinha os dias contados, mas não sou primeiro-ministro». (há, nesta última frase de Marcelo, uma ressonância de antecipação científica em relação ao recente episódio com António Costa e a demissão de João Galamba...) Mas adiante. O que vale a pena recordar é como um momento de estridência mediática, que se irá prolongar até meados de Julho, está hoje completamente esquecido. Ao Passos Coelho nas vascas da agonia política que acima vemos, fizeram-no ressuscitar. Não levemos por isso tão a sério o actual momento político, o entalanço de Costa, as bocas infindáveis de Marcelo e o importante, as consequências das várias embrulhadas governamentais...

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