11 fevereiro 2023

A PROVA DOS FACTOS

Aos Sábados, o jornal Público tem uma rubrica intitulada A Prova dos Factos onde se dedica àquele exercício tonto de validar se aquilo que apareceu publicado estaria ou não correcto. Tornou-se um hábito os órgãos de comunicação social terem uma coisa daquelas, que, como já aqui descrevi, não suscitam grande credibilidade entre o público a não ser entre os imbecis, porque nunca explicam os critérios dos assuntos que elegem para validar (a uns sobrevalorizam, outros omitem) e sobretudo porque aquilo que fazem acaba por se revelar tão superficialmente incorrecto quanto a notícia original que escolheram para validação. Também aos Sábados o mesmo jornal Público publica um artigo assinado por uma figura denominada Provedor do Leitor que analisa as reclamações apresentadas pelos leitores. De quando em vez, as reclamações incidem sobre A Prova dos Factos, como aconteceu hoje (11 de Fevereiro de 2023). E, mais do que isso, dá-se a coincidência de que, ainda há dez meses (16 de Abril de 2022), o tema do artigo de Sábado do provedor - embora fosse outro provedor - fora precisamente o mesmo, uma análise crítica de um exercício de A Prova dos Factos. O que eu convido o leitor a fazer, caso seja assinante do Público, é a proceder a uma leitura comparativa do artigo de José Manuel Barata-Feyo com o artigo de José Alberto Lemos. E depois, dispensando as ajudas daquele que assinam A Prova dos Factos, tire as suas próprias conclusões (sozinho) sobre a conduta e julgamento do provedor do leitor do Público do ano passado e em comparação com o deste ano. Eu sou contra a infantilização dos leitores. Em querendo, eles conseguem chegar sozinhos à prova dos factos.

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