17 março 2018

A HISTÓRIA INFELIZ DE UM ALDRABÃO CHAMADO FELICIANO

O desfecho da história de Feliciano Barreiras Duarte parece-me encerrado. A questão já não é o que vai acontecer a seguir, é quando é que isso vai acontecer. Mas a história não deixa de ter interesse, sobretudo pela identidade dos protagonistas. Eu suponho que seria natural que os cómicos do lado da área dos partidos da geringonça - um Galamba, um Daniel Oliveira, um Bernardino Soares - tivessem aproveitado a ocasião para um stand-up mediático sobre o assunto, que ele merece, o Feliciano é um cromo. Mas não. O protagonismo da festa, e aí estão do cabeçalhos do Observador nos últimos dias a comprová-lo, tem pertencido todo ao outro lado do espectro político, a começar pelos órfãos de Passos Coelho.
O que, à medida que a festa se prolonga e os amigos de Feliciano de dentro do PSD desenterram mais tópicos do seu passado, só tende a tornar o assunto mais ridículo. É que Feliciano Barreiras Duarte é um aldrabão que fez parte de não sei quantos governos do PSD, incluindo o de Pedro Passos Coelho, como muito bem se recorda nesta nota biográfica que o jornal i publicava em Novembro de 2013. E, como o jornal i hoje o faz (o Observador ainda não se publicava em 2013...), também os passistas (ou montenegristas, ou seja lá o que forem...) que agora municiam a denúncia do aldrabão, esquecem-se o quanto umas perguntas prosaicas os podem desarmar: só agora é que se deu por isso?... Nos quatro anos e meio de Passos Coelho o Feliciano comportava-se bem?

Tanto é o acinte posto em ser-se a oposição à oposição que a coisa acaba assemelhando-se à marcação de golos na própria baliza. Não chutem a bola demasiado para cima, que o vento sopra de frente...

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