09 maio 2016

REINOS DESAPARECIDOS

Reinos Desaparecidos, por Norman Davies (2011). Havia-o mencionado aqui há coisa de três anos como auxiliar demonstrativo de que a erudição das enciclopédias clássicas de outrora podia não ser tão melhor que a da tão menosprezada Wikipedia. As Edições 70 acabaram de editar a tradução do livro em português. Vale a pena. O preço de capa é um pouco salgado (€37) mas sempre são 950 páginas e 1 quilo e ⅓ de cultura. Mas todas aquelas páginas se tornam fáceis de ler porque se desdobram por 15 países do passado. Países que nos são desconhecidos por se tratarem de países defuntos que, por não terem deixado descendência, ninguém lhes costuma visitar a campa para lá deixar flores. No fim, descobre-se que a configuração política da Europa não tem nada da perenidade de que nos querem fazer crer, mas precisamente no sentido oposto ao gregarismo que emana de Bruxelas.

1 comentário:

  1. Não diria que não deixaram descendência: os últimos capítulos, em particular, falam-nos de ex-estados como o Estado Livre da Irlanda e a URSS, que na prática, deixaram como sucessores directos a República da Irlanda e a Federação Russa. O livro parece-me bem interessante (até agora só tive a oportunidade de o folhear e ler algumas páginas à pressa), mas não fico muito convencido com algumas traduções como Borrusia em lugar de Prússia, Suábia e não Sabóia, Burgúndia em vez de Borgonha e Byzantium e não Bizâncio(e este último capítulo me pareceu curto para tão longo império).

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