22 julho 2012

PLATITUDES DE UMA ENTREVISTADORA IMBECIL

Fui um leitor do Expresso durante suficientes anos para não estar à espera de ali conseguir ler reflexões profundas. Porém, o abandono do hábito ter-me-á tornado menos tolerante aos disparates que ali leio quando ocasionalmente lá retorno. Esta frase acima que aparece em título, proferida pelo Dr. José Epifânio da Franca passaria por ser uma daquelas platitudes de entrevista, não fosse a entrevistadora (Margarida Fiúza) a ter repescado para a destacar, ocasião onde se exige que ela contenha alguma substância.

A delimitação implícita entre sector privado e público que se deveria extrair da mencionada frase só tem sentido depois de uma definição concreta (e obrigatoriamente ideológica...) daquilo que o seu autor entenderá por fazer bem. Para ir buscar um exemplo prosaico que as pessoas entendam, fazer bem num hospital privado pode ser transferir a idosa acamada para um hospital público para que a conta de exploração da empresa hospitalar continue positiva e num hospital público poderá ser receber essa mesma velhinha e tentar mantê-la viva…

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