![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZBgpZRA7wdkGJsWKbSfjsYkzVDKWSB5eOuOxlvlmk6nYtOoZ9ca6aYiI3zPvxJ8NKQf94ou-1oBMVRMW02PySxo3FACa1_VQ_xDPB38__nG1JZn2A8xAwr_2ra0_sg1Hoj3kv2Q/s400/VotoBranco.JPG)
No dia seguinte a umas eleições presidenciais haverá certamente, dispersa pelos órgãos de comunicação social tradicional, e por aqueles
blogues que com eles ainda pretendem rivalizar, uma pletora de análises a respeito dos resultados eleitorais de ontem. Aqui apenas desejo mostrar a atenção para um fenómeno que a experiência tem tornado cada vez mais óbvio: como os votos de protesto têm que ser expressos com a maior visibilidade possível (um voto de protesto só tem utilidade dessa forma), conclui-se que a atitude correcta é votar e concentrar a votação na candidatura mais desalinhada que concorra ao acto eleitoral. Ontem, essa candidatura era a de José Manuel Coelho.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5OLUNs_IQGT8FTcbFwNPbCo2wLENPHZj-MdzQGEQu3Lal2OtaNAbZiK4kJ5sgyfmOtnm1mvbaQiuPNneX9g27eyaDPVGNvUXWzP4LGQTY1A8PK_b4AW02u7IP9J_vIqH2OcJmiA/s400/P%25C3%25BAblico24Jan.JPG)
A lógica da
estupidificação da transmissão da mensagem praticada pelos órgãos de comunicação social a isso obriga. A capa da edição de hoje do jornal
Público (acima) demonstra-o integralmente. Nela aparece em lugar de destaque os 4,5% (equivalente a 189.000 votos) recebidos por José Manuel Coelho. Porém, o resultado obtido por aquele candidato é sensivelmente idêntico ao número de votos em branco contados (191.000)... Sobre esses parece não existir qualquer referência na página inicial. Nem a esses, nem aos votos nulos (86.000) que,
estranhamente, duplicaram em relação aos dois últimos actos eleitorais, como se tivesse havido uma
regressão no analfabetismo eleitoral…
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