
Para mim,
Billy the Kid, será para sempre o de Morris & Goscinny no
Tintin (acima), o puto canhoto (usava o coldre do lado esquerdo…) que aterrorizava os cidadãos de Fort Weakling, roubando os caramelos ao merceeiro, impondo o chocolate quente como bebida obrigatória e exclusiva do
Saloon ou obrigando um transeunte velhote e de aspecto bondoso a ler-lhe o jornal – mas apenas as notícias agradáveis! A história tem um fim com moral, com Lucky Luke a tratar Billy como aquilo que ele era: um puto impertinente e mal-educado (abaixo). Pormenor acessório mas interessante: a versão da narrativa, com as calças em baixo, é um pouco mais
hardcore (e certamente mais
dolorosa para Billy…) do que a da capa.

Hoje, com as histórias da pedofilia, o desenho acima seria considerado politicamente incorrecto. Mas é essa mesma correcção política que tem trazido
Billy the Kid, agora o original, para a ribalta noticiosa, por causa de um possível perdão
póstumo à sua pessoa. O Governador do Estado do Novo México,
Bill Richardson, recusou-se a perdoar-lhe, já que do seu cadastro criminal constam entre quatro a nove assassinatos (a lenda atribui-lhe alguns mais: 21) e que existe alguma
ambiguidade histórica (sic) quanto às condições em que um dos seus antecessores,
Lew Wallace, prometera uma amnistia a Billy no longínquo ano de 1879. Parece-me que,
em toda esta história, há vários
rabos a merecerem que Lucky Luke trate deles…

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