10 abril 2024

QUANDO UM GOVERNO NÃO TEM IDEIAS SOBRE CERTAS ÁREAS, TERIA SIDO MUITO MELHOR NÃO FINGIR QUE AS TEM...

Sobre a área da Defesa, o que há a considerar é que há duas guerras em curso (na Ucrânia e na Palestina) e que os cenários de evolução da situação internacional são extremamente imprevisíveis. E que o grande desafio dos governos ocidentais consiste em persuadir as suas opiniões públicas para essas ameaças, desviando recursos para a segurança e defesa colectivas. O que acima se pode ler é um encadeado de trivialidades e lugares comuns - como se percebe pelo que está a acontecer na Ucrânia, o problema é tanto de falta de meios humanos quanto de carências materiais, de falta de meios de combate, algo que o texto síntese acima nem sequer aflora. O compromisso - aproximar o valor da despesa a 2% até 2030 - é o mesmo que já vinha do anterior executivo. Ideias novas e/ou diferentes: zero. A personalidade para as implementar - Nuno Melo, o ministro do parceiro faz-de-conta da coligação - é outro zero. Em termos de comunicação, suponho que teria sido muito mais inteligente apresentar só compromissos em nove áreas essenciais... Se o vazio é aquele que se lê ali em cima e está entregue ao Nuno Melo, o melhor teria sido não qualificar a área da Defesa de essencial.

2 comentários:

  1. Seus textos são incríveis, achei você através do Google a respeito da Alemanha e seu território antes da Segunda Guerra.
    Fique a vontade de escrever sobre o Brasil e o que temos passado por aqui com a censura imposta pelo Supremo Tribunal, esse representado por Alexandre de Moraes. Compartilhe com o mundo o que temos passado por aqui, antes que eles também censurem o acesso a internet!

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  2. Agradeço-lhe o elogio, mas olhe que eu nada sei sobre o juiz Alexandre de Moraes. E muito mais se exigirá a quem queira escrever sobre o assunto que fala. Se há coisa que eu tenho sempre presente é uma máxima - irónica - do seu compatriota Jô Soares, que se referia displicentemente àqueles que se dispunham a falar sobre tudo - do cocó à bomba atómica.
    Até lhe pode parecer que eu escrevo sobre muitos temas, mas não sou desses a que se referia o Jô Soares.

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