28 abril 2024

O TV 7 de 28 de Abril de 1974

(Republicação de um original de 25 de Abril de 2008, mas com imagens melhoradas e duas ligações para o programa em causa, já depois disso oportunamente colocados no arquivo da RTP)

Muito melhor que os Capitães de Abril da RTP1, a RTP Memória preferiu passar no mesmo dia um programa de informação da época, que se intitulava TV 7 (1) e (2) que fora transmitido a 28 de Abril de 1974. Apresentavam-no Luís Filipe Costa e Maria Margarida e, seguindo a estética televisiva criada 3 dias antes por Fialho Gouveia, além dos apresentadores andarem descontraidamente pelo cenário, tornava-se obrigatório acender e fumar um ou dois cigarros durante o programa...
Em contrapartida, naquela época embrionária do PREC, os convidados ainda tinham de se sentar… de vez em quanto. E aquele TV 7 estava repleto de convidados, que eram quase todos caras novas na televisão daquela época. Entre outros, Maria Lamas, Victor Wengorovius, Carlos Carvalhas, Blasco Fernandes, Arons de Carvalho e, o mais importante de todos, Baptista-Bastos, que, pasme-se, já então contava aquelas histórias sem propósito algum, mas que ainda usava gravata…
Ainda não foi desta que fiquei a saber precisamente onde é que Baptista-Bastos estivera no 25 de Abril, mas fiquei a saber que, estivesse onde tivesse estado, ainda teria estado convencionalmente de gravata e não com o laço que depois tanto o popularizou…

2 comentários:

  1. Vi pela primeira vez no instituto dos intérpretes "os capitães de Abril" e gostava desse filme romantizado, mesmo que não o contasse uma história completa ou exacta. O acontecimento mudou a vida portuguesa drasticamente e com certeza absoluta o filme deu a perceber que o regime não tinha nenhuma credibilidade ou força ofensiva. Hoje em dia, ao ler os muitos blogues portugueses posso constatar que todos podem ventilar as suas opiniões em liberdade, afinal isto é a maior realização da revolução dos cravos A LIBERDADE.
    cumprimentos de Antuérpia

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  2. Lasso estou eu de ouvir gente que deveria estar (no mínimo) calada.
    Um dos palradores mais em destaque este ano (outra vez) foi o senhor Otelo que continua a armar em herói e a afirmar que queria reduzir Portugal a um modelo socialista de que só ele tem a receita.
    Então... e o COPCON? E as prisões arbitrárias? E, sobretudo, as FP 25?
    Quem decide que se deve dar palco e este indivíduo?

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