Permitam-me a imodéstia de gabar uma certa veterania do Herdeiro de Aécio, ao ponto de já se permitir celebrar efemérides recorrendo a publicações suas, a que a época e as circunstâncias em que foram publicadas conferem um certo travo especial. Cumprem-se hoje doze anos - 15 de Dezembro de 2010 - que eu publiquei este poste dedicado a um então particularmente popular comentador televisivo dominical chamado Marcelo Rebelo de Sousa. Ainda não fora eleito presidente da República, embora a sua intenção de se candidatar fosse já, nessa altura, um segredo de polichinelo. O tema, apropriado à quadra, era o de uma festa de Natal de há muitos, muitos anos, em que o então comentador televisivo (hoje, por vontade dos portugueses, locatário do palácio de Belém), interpretou aos 10 anos, a figura do jumento do presépio.
Quem, como eu, tenha assistido ao final da prédica de Domingo passado de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI certamente ter-se-á apercebido como, a pretexto de assinalar o 62º aniversário do professor, a estação terá manipulado a sua estrela informativa principal com o mesmo descaramento como uma revista de mexericos pespega uma dessas estrelas nas suas páginas centrais e lhes disseca os segredos das suas gravidezes…
Em clima de surpresa(?) para o aniversariante, apareceram os netos de Marcelo, a frequentar o mesmo jardim-escola onde estivera o avô (O Lar da Criança) e onde o professor (então aluno) já se revelava criança predestinada, a que se seguiu a entrada em directo (via telefónica) do grande amigo dessa infância, Eduardo Barroso, envolvendo uma troca de cumprimentos aparentemente muito emotiva entre eles, obviamente sem qualquer privacidade…
¹ Registe-se que estar escrito Marcelo Nuno Rebello de Sousa não é uma gralha: os apelidos com consoantes duplas e outros aspectos de patine antiga (como Thomaz), eram chiquíssimos à época...

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