02 novembro 2018

SERIA DESTA QUE SALAZAR MORRIA?...

2 de Novembro de 1968. Nos jornais surgia o comunicado: «Mantêm-se a extrema gravidade do estado clínico do presidente Salazar que voltou a imergir no coma que já havia abandonado, e cuja respiração passou a ser de novo, permanentemente assistida.» Ou seja, por estes dias de há cinquenta anos, colocava-se de novo a hipótese de que a morte clínica de Salazar fosse uma questão de dias. Era um último golpe nos desejos mais secretos daqueles que, nas estruturas do poder e fora delas, acreditando em milagres e no poder das orações, ainda sonhavam com algum género de reversão da situação. Na verdade o desaparecimento físico de Salazar só viria a ocorrer dali por quase vinte e um meses, mas, para quem tem acompanhado as evocações a respeito do assunto que aqui tenho publicado, acompanhando o ritmo a que elas aconteceram, apercebe-se decerto que o formato tradicional como costuma ser contado o fim da carreira política de Salazar é demasiado simplificado.

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