22 maio 2017

A CAMINHO DA GUERRA DOS SEIS DIAS

Há precisamente 50 anos, o Egipto do presidente Gamal Abdel Nasser anunciava o encerramento do Estreito de Tiran e, com ele, o do Golfo de Aqaba e o acesso do porto israelita de Eilat ao Mar Vermelho e a mares abertos. Era mais um passo no acentuar de uma crise crescente no Médio Oriente. E, como é tradicional nestes gestos, as implicações do gesto egípcio eram mais simbólicas que substantivas: o porto de Eilat tinha uma importância mínima para o comércio externo de Israel, que se realizava na sua esmagadora maioria pelos dois portos mediterrânicos de Haifa e Ashdod (ainda hoje representará bem menos de 10% do comércio total, destinado aos, e oriundo dos, países do Extremo Oriente). Tratava-se ainda uma provocação no quadro do jogo diplomático, mas o provocado Israel do primeiro-ministro Levi Eshkol dava todos os sinais, pública e privadamente, de que estava na disposição de comprar a briga.

Esta é a evocação do facto, mas o assunto também é pretexto para falar do homem e, a pretexto da conversa que se tornou habitual fazer a respeito do uso ou não de lenço pelas mulheres a cada visita oficial a um dos países muçulmanos mais rigorosos, é pertinente recordar este discurso trocista que foi proferido outrora por Nasser a esse respeito (lamento que só exista a tradução inglesa).

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