Republicação
29 de Março de 1973. Cumprindo os calendários do que fora estabelecido pelos Acordos de Paris, os soldados das últimas unidades de combate norte-americanas abandonam o Vietname do Sul. A saída realiza-se com muito menos panache do que acontecera à chegada. Costuma ser sempre assim (veja-se os franceses na Argélia, os britânicos no Iémen) e com os portugueses não iria ser diferente dali por dois anos, que entre a opinião doméstica apenas a má-fé se superioriza à ignorância do que aconteceu previamente, quando a disposição é a de criticar. Os ex-combatentes que, de malas na mão e descontraidamente se concentram nos locais de embarque, só se distinguem de uma qualquer outra excursão militar pelo exotismo...
...de alguns dos souvenirs que carregam consigo, caso o daquela carabina SKS (que terá sido mais do que provavelmente capturada ao vietcong) a que o orgulhoso militar seu proprietário parece dispensar mais atenção do que ao resto da sua bagagem. Numa última nota à última fotografia, já junto à escada de embarque para o avião e só para os mais atentos, a supervisionar identifica-se um graduado norte-americano (de bivaque na cabeça), acompanhado de um militar sul-vietnamita (de boina vermelha) e de dois militares norte-vietnamitas envergando o seu tradicional capacete, que ali estavam em plena zona inimiga, a base aérea de Tan Son Nhut (perto de Saigão), em funções de fiscalização do cumprimento dos Acordos.
Sem comentários:
Enviar um comentário