26 junho 2011

OPERAÇÃO BARBAROSSA – 2

Uma imagem frequente desses primeiros meses quentes e poeirentos de 1941 em que a esmagadora maioria dos soldados da Wehrmacht calcorreavam as estradas soviéticas em terra batida da União Soviética era a dos comités de recepção, que costumavam postar-se antes das localidades para acolher os vencedores, oferecer-lhes algumas prendas (o pão e o sal são tradicionais entre os ucranianos) mas também sondar-lhes as intenções…
Vezes sem fim, po causa do ritmo era imposto pelo comando às unidades alemãs, as recepções nem se realizassem, uma decepção para quem se havia afadigado a organizá-las, como aconteceu no caso da fotografia acima, onde se vê um arco dedicado, a fazer lembrar os dos nossos santos populares. Porém, passados esses momentos iniciais, entre os dignitários locais esses dias de Verão foram sobretudo de expectativa sobre o que se seguiria.
Atrás das tropas combatentes e depois do vácuo de poder que se lhe seguiu só semanas depois começaram a surgir os primeiros sinais da administração civil que iria substituir a dos soviéticos: os Comissariados do Reich para a Ucrânia e Ostland, à frente dos quais o regime nazi havia infelizmente escolhido aquilo que de mais moralmente desqualificado havia entre as suas fileiras como Hinrich Lohse (1896-1964) ou Erich Koch (1896-1986).

2 comentários:

  1. Por acaso leu "As benevolentes"?...
    Muito interessante.

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  2. Não li e pelo que me apareceu como resultado da pesquisa pareceu-me coisa interessante.

    Obrigado.

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