As gerações sucedem-se mas são raras as vezes em que elas se chegam a aperceber como alguns dos seus sucessos musicais não passaram afinal de recuperações de canções de sucesso da geração precedente.
Podemos apreciar isso com o exemplo de uma canção datada de 1961, da autoria de Jacques Brel, intitulada Le moribond onde, como o nome indica, a letra – obviamente em francês – fala das despedidas de um homem que se prepara para morrer…
Passados 13 anos, Terry Jacks refez a orquestração, alterou o rimo da canção e, sobretudo, ao adaptar a letra para inglês, tornou-a muito mais lírica, reescrevendo as estrofes cínicas originais de Brel. Chamou-lhe Seasons in the Sun e foi um novo sucesso.
19 anos depois, os Nirvana recuperaram novamente a canção na versão em inglês. Já então uma banda de culto e cheia de atitude, os Nirvana alteraram a letra para a tornar ainda mais depressiva. Novo sucesso e nem foi preciso que Kurt Cobain cantasse afinado!...
Agora fez-se-me luz! (Acendi o candeeiro)e, além disso percebi o suicídio do Kurt Cobain. Não teve rigorosamente nada a ver com a sua excessiva dependência da heroína, nem com as suas depressões recorrentes e, muito menos com a sua conturbada relação emocional com a completamente passada e sua esposa Courtney Love.
ResponderEliminarNada disso. Ele ouviu Jacques Brel e a sua canção original e, quando conseguiu entender que aquilo que ele cantava (ressalvando já o estilo grunge ou rock alternativo) era a mesma canção mas em bom... Enfim, meus amigos. Foi o que foi.
Isso é maldade, Donagata... Depois o mau sou eu???
ResponderEliminarEnfim, Brel é Brel, claro!
ResponderEliminarSabes que nunca tinha reparado que Kurt Cobain desafinava tanto? Há coisas que me arrepelam toda, uma delas é ouvir cantores a desafinar...
Para mim, Brel, sem subtítulos, de preferência ;)