18 abril 2017

A ATENÇÃO À TENSÃO NA COREIA

A superficialidade como se está a cobrir a situação na Coreia dificulta bastante que eu consiga levar o assunto com a seriedade que ele, se calhar, merecerá. Que relevo poderá ter a presença de um mero porta-aviões nas águas adjacentes a uma península de 220.000 km² onde, para mais, já se conhece o precedente histórico de um conflito moderno que durou três anos (1950-53) e que envolveu largas centenas de milhares de combatentes? Como é que se consegue anunciar a movimentação de 150.000 soldados como se isso fosse qualquer coisa que se fizesse assim de um dia para o outro? Nestas guerras, as grandes unidades navais de combate anunciam o seu destino ostensivamente mas navegam bem devagar, enquanto, em contrapartida, parece não existirem problemas de logística entre os exércitos de terra e há até quem opine que os fiascos tecnológicos são malandrices encapotadas (acima) nos ramos do armamento mais sofisticado. Se fosse há muitos anos, comparar-se-ia a situação à guerra do Solnado. Como já estamos no século XXI, as comparações sofisticam-se para filmes como Manobras na Casa Branca (Wag the dog), a alusão a uma guerra oportunamente coreografada por um produtor de Hollywood para desviar as atenções de um episódio embaraçoso para a presidência. A propósito: alguém deu por alguma evolução recente em relação ao assunto das conexões russas com a candidatura de Donald Trump?...

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