O ESTRATEGA MARXISTA-GROUCHISTA

Mais abaixo apresentam-se dois artigos de opinião (clique-se em cima da imagem para quem se dispuser a lê-los integralmente), do mesmo autor, o advogado Domingos Lopes, publicados no mesmo jornal Público, tratando do mesmo tema, as guerras civis do mundo árabe que estão na origem do fluxo de refugiados que a Europa tem vindo a receber. A distingui-los, o facto de um tratar da Líbia e outro da Síria e, verdadeiramente importante para os distinguir, terem sido escritos com quatro meses de intervalo, em Junho passado e agora em Outubro. Entretanto, a Rússia passou a intervir militarmente nos conflitos da região e isso tem toda a importância para o autor. O cepticismo que fizera Domingos Lopes em Junho criticar uma outra opinião, a do general Loureiro dos Santos (Oh sr. general! Outra guerra?), quando este preconizara uma intervenção militar terrestre na Líbia, esvaneceu-se quando o tópico passou a ser a intervenção militar da Rússia na Síria de apoio directo às forças terrestres. O título do artigo bem pode ser Nos céus da Síria mas o que de importante se retira dele é que a participação da Rússia é boa, a Rússia tem interesses na região, a Rússia quer preservar os seus interesses na região. Quando a Rússia faz isso na Síria, Domingos Lopes aceita-o como perfeitamente lógico, mas quando o sr general propôs que os países da NATO fizessem precisamente a mesma coisa na Líbia, aí estava errado... Quando envolve Rússia, os comunistas não se conseguem actualizar, reagem salivando como os cães de Pavlov à campainha. Mais a sério, nos dias que correm, dos inúmeros marxismos de outrora só restou o de Groucho Marx, o marxismo-grouchismo, naquela inesquecível definição do que são os princípios que se podem facilmente descartar se alguém não gostar deles.