03 junho 2013

VAMOS LEVAR COM O GASPAR ATÉ AO FIM DESTE CICLO…

Ao preconizar na sua homilia dominical que, se fosse por ele, Gaspar tinha os dias contados, Marcelo terá, muito possivelmente, consolidado ontem o lugar do nosso carismático ministro das finanças. Na realidade, não deve existir método mais comprovado de Marcelo condicionar o comportamento de Pedro Passos Coelho do que dedicar-lhe uma recomendação destas em público. Recorde-se que, desde o princípio do governo como manda a verdade realçar, Marcelo se mostrara muito reticente à inclusão de Miguel Relvas no governo e que desde o Verão do ano passado, se fosse por ele, se pronunciaria pelo seu afastamento do governo.  Pedro Passos Coelho parece reforçar a sua auto-segurança quando não faz o que Marcelo o manda fazer, por muito que aquilo que esteja em disputa seja do mais estrito senso-comum e, por mais esta vez, isso arrisca repetir-se.

Complementando o assunto com alguma intriga política, há quem já se tenha perguntado pela oportunidade da mudança de opinião de Marcelo Rebelo de Sousa a respeito de Vítor Gaspar, e eu complemento a questão inquirindo se a presença de Pedro Rebelo de Sousa no centro do turbilhão associado à recente substituição dos dirigentes da Caixa Geral de Depósitos não poderá ter contribuido para esta súbita inflexão e para a segurança da opinião do irmão Marcelo... 

Adenda: Um mês depois ficou demonstrado o quanto eu estava redondamente enganado.

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