À sua maneira, Anthony Neil Wedgwood Benn (1925- ), mais conhecido pela forma de tratamento muito mais proletária de Tony Benn, foi um fenómeno muito próprio na política britânica da segunda metade do Século XX. Como tal, foi um dos poucos políticos reais a ser digno de uma referência expressa nesse reverenciado Tratado de Ciência Política que dá pelo nome de Yes, Minister:
Político da esquerda radical que se tornou proeminente durante os anos 70 e início dos anos 80, filho de um Par do Reino, educado em Westminster e Oxford, principalmente recordado¹ por falar de forma ceceada, pelos seus olhos esbugalhados e pelos seus esforços empenhados para disfarçar as suas origens privilegiadas bebendo canecas de chá com membros das cooperativas operárias. (p. 275)Adenda de 8 de Março: Deambulação que não impede o reconhecimento do seu sucesso num dos problemas que ali apresentou: o dos pagamentos à Lusoponte. Tanto a passagem das culpas por parte do governo como (especialmente) o aparecimento (atrasado) do PS a cavalgar o episódio, apontam para a fundamentação politicamente acertada da interpelação de Francisco Louçã.
¹ Yes, Minister, recorde-se, apresenta-se escrito como se se tratasse de uma obra de Memórias Políticas publicada no futuro, em 2022.
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