22 julho 2021

A BATALHA DE ANNUAL

22 de Julho de 1921. O exército espanhol sofre uma catastrófica derrota militar no Norte de Marrocos. Foi uma derrota tão sangrenta (deixou muitos milhares de mortos), quanto politicamente humilhante, tanto mais que sofrida diante de combatentes irregulares e sem estatuto na ordem internacional. Contudo, ao contrário do que acontecera 343 anos por aquelas mesmas paragens aos portugueses em Alcácer Quibir, e apesar da severidade das perdas, os espanhóis ainda dispunham de reservas militares para mobilizar e reequilibrar tacticamente a situação militar, mas sem meios para atingir o objectivo estratégico da submissão dos marroquinos.

5 comentários:

  1. Mas é justamente em África que, mais tarde, o Generalíssimo se destaca, à frente da Legião... Desastres que fazem futuros heróis...

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  2. Os meus agradecimentos ao primeiro comentador.

    Sobre o que escreveu o segundo, gostaria de o esclarecer que esta foi uma evocação histórica, militar, táctica e também estratégica sobre o acontecimento. Não me quis pronunciar sobre o impacto desta derrota na política doméstica espanhola. Mas considero que a associação de Francisco Franco ao assunto, passando por cima de tudo o que foi necessário para proceder à posterior pacificação do Rife, nomeadamente a indispensável colaboração francesa, como algo que parece uma daquelas ocas sugestões ideológicas.

    Sem a França, a Espanha teria de ter continuada na defensiva e Franco teria sido uma irrelevância. Aliás, considerando que o relatório oficial do general Picasso estimava o número de baixas em 13.000 (8.000 mortos), a sua alusão a Franco neste contexto assemelha-se «a uma viola num enterro».

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    1. Não quis enaltecer Franco. Quanto aos seus esclarecimentos, obrigado na mesma.

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    2. «...o Generalíssimo SE DESTACA, à frente da Legião... Desastres que fazem futuros HERÓIS...»

      Desculpe lá, mas não acredito em si.

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