14 março 2017

TAMBÉM NÓS JÁ TIVEMOS A NOSSA «KELLYANNE CONWAY» - RECORDANDO TERESA LEAL COELHO


«...and microwaves that turn into cameras, etc.» Esta passagem da entrevista de Kellyanne Conway, em que a própria endossa rebuscadamente a acusação do presidente Trump de ter sido escutado pelo seu antecessor Obama, e em que alude vagamente a novas tecnologias (de micro-ondas) de captação de imagem e som, tornou-se em mais um fenómeno de popularidade e de paródia. Louras burras, mesmo que não propriamente louras (mas certamente burras), mas que se passeiem adjacentes à área do poder com carta branca para dizerem disparates com a bênção desse poder, há-as, pelos vistos, em mais do que um sítio. Nesse aspecto, graças a Pedro Passos Coelho e a Teresa Leal Coelho, Portugal foi um dos países na vanguarda desse método de comunicação. O que pode ser diferente neste caso de Kellyanne Conway é que, por quase todos possuirmos um forno micro-ondas em casa, assume-se que todos dominamos o que aquela tecnologia poderá ou não fazer para além de aquecer a sopa, enquanto que, se o assunto for mais sério e o disparate de cariz jurídico (abaixo - recordando outros tempos e outras forças de bloqueio...), pelo próprio hermetismo da questão, ela não se prestou ao humor de um Stephen Colbert, ou dos seus equivalentes locais.

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