10 março 2015

A GERMÂNIA ROMANA

Há cerca de 2.000 anos, durante uma geração (12 a.C. - 16 d.C.) foi intenção de Roma englobar a Germânia e os seus habitantes dentro das fronteiras do seu Império, então em expansão. Tivesse o projecto vingado e as fronteiras imperiais ter-se-iam estabelecido no Rio Elba e no Maciço da Boémia, para depois se ligarem ao Rio Danúbio. Iniciada em 12 a.C., os primeiros 20 anos de implantação da autoridade romana foram conseguidos à custa de campanhas militares, comandadas inicialmente por Druso, depois por Tibério, enteados do Imperador Augusto. Quando do desastre da batalha da floresta de Teutoburgo, em que três legiões romanas foram aniquiladas numa gigantesca emboscada e que ocorreu em 9 d.C., já a responsabilidade das tarefas de pacificação recaíra sobre funcionários que não familiares próximos da família do Imperador. Foi na sequência dessa batalha que em Roma se decidiu recuar as fronteiras do Império para o Rio Reno onde iriam perdurar pelos próximos 450 anos, deixando de fora da alçada de colonização romana uma substancial maioria das tribos germânicas. Os grandes projectos de unidade europeia também se fizeram de uma geografia variável: os germanos não quiseram fazer parte de um projecto centrado à volta de Itália; e parece que há alguns povos que, já não pela via militar mas pela via eleitoral se forem consultados, também não quererão, nestas circunstâncias, fazer parte de um projecto centrado à volta da Germânia moderna...

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