13 outubro 2013

O ESTILO CALOROSO DE ARGUMENTAR QUE O CALOR É NO «ESTILO»

Convém começar por realçar que tudo não passa de um mero concurso. Onde os autores das perguntas parecem tão dessintonizados da actualidade que se esqueceram que os Xutos & Pontapés não passam hoje de umas velharias. Mesmo assim, o concurso e a apresentadora Manuela Moura Guedes tiveram direito aos seus 15 minutos de interesse por ocasião de uma pergunta (mal elaborada) colocada a uma das concorrentes (acima). O que considero mais engraçado, porém, não é o disparate (lapso?) da expressão calor no estilo, é antes o estilo caloroso como Manuela Moura Guedes argumenta no final, censurando a opção da concorrente, em favor do óbvio da resposta certa que está errada. É engraçado como calor no estilo, por oposição a rigor na substância, é simultaneamente o tema em discussão e uma descrição feliz da atitude de Manuela Moura Guedes, que se revela ali de uma monumental ignorância já suspeitada, mas sobretudo capaz de argumentar em defesa de tudo, de tudo mesmo.

3 comentários:

  1. É pena Manuela Moura Guedes não disponibilizar nem uma das 10 fontes que elaboram sobre o calor no estilo.

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  2. É uma pena, de facto.

    As dez fontes devem fazer parte da mesma biblioteca que continha a bibliografia consultada por Paula Bobone para a feitura do seu "best-seller" de etiqueta e boas maneiras que, segundo a própria e quando inquirida, foi "imensa, imensa".

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  3. Este episódio – arrisco prognosticar que outros se seguirão – a que acrescem os inúmeros e infindáveis tempos mortos do programa, em que ficamos suspensos e colados aos lábios da apresentadora à espera que balbucie um qualquer chouriço, que não sai, levam a que me interrogue sobre qual a justificação para esta inesperada contratação da RTP.
    Estando aquela estação sob todos os olhares e, dizem-nos, em processo de reestruturação, e não havendo por ali falta de profissionais bem mais qualificados para o papel de apresentador(a) – um dos problemas será precisamente a existência de pessoal excedentário (e demasiadamente bem pago) – imagino que esta contratação tenha sido feita para dar o exemplo. Aproveitaram certamente a circunstância da MMG estar desempregada e com uma depressão para firmar um contrato a tempo certo de 6 meses, prorrogável por iguais períodos, com base no salário de 485 euros mensais para 40 horas semanais de trabalho efectivamente prestado… Só pode !

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