21 novembro 2020

DOMINGO SANGRENTO EM DUBLIN

21 de Novembro de 1920. Este primeiro Domingo sangrento de há 100 anos (seguir-se-ia um outro 52 anos depois...) teve duas fases distintas. A partir das 09H00 e ao longo da manhã (acima), numa acção concertada, os grupos de executores do IRA foram assassinando alguns membros seleccionados do serviço de informações do aparelho militar/policial britânico. 19 homens foram visados, 14 foram mortos, 1 outro veio a morrer posteriormente dos ferimentos. O impacto das baixas para os britânicos era multiplicado pelo carácter selectivo dos alvos abatidos. Em contrapartida, o que aconteceu da parte da tarde (abaixo) não teve nada de selectivo, antes pelo contrário. Em retaliação com o que acontecera de manhã, cerca das 15H30, os membros das forças paramilitares britânicas (alcunhados de Black & Tans) investiram por um estádio onde se disputava um jogo de futebol gaélico e começaram a disparar sobre a assistência, causando um estampido, 11 mortos, mais 3 que vieram a morrer posteriormente e ainda 60 a 70 feridos. O IRA ganhou nos dois tabuleiros: os profissionais que se lhes opunham foram abatidos e o episódio da retaliação indiscriminada virou-se contra os seus autores, se apreciarmos o assunto pelos olhos das duas opiniões públicas: não apenas a irlandesa, que foi empurrada ainda mais para a colaboração com o terrorismo do IRA, mas também a britânica, que ia recebendo notícias cada vez mais desagradáveis dos acontecimentos na ilha adjacente. As duas cenas exibidas são reencenações do filme Michael Collins.

Sem comentários:

Enviar um comentário