02 julho 2019

UMA HISTÓRIA DA PRÉ HISTÓRIA MUITO MENOS CHATA DO QUE É COSTUME

A pré-história é chata e os autores dos livros de divulgação a respeito do tema, destinados a serem lidos por quem não tem a obrigação de os ler, costuma ser uma verdadeira quadratura do círculo. Esta jornalista sueca parece ter conseguido escrever um livro que ultrapassa esse impasse. Moderem-se as expectativas: a cultura do vaso campaniforme continua a ter essa designação capaz de desmoralizar o curioso mais entusiasmado; mas os avanços da genética permitem que a autora nos explique como se processaram as várias correntes migratórias que procederam ao povoamento faseado da Europa, e essa explicação aparece-nos com uma robustez científica que nunca fora apanágio da disciplina clássica. A Europa da sueca é que é muito pouco europeia, ou melhor, fica-se pelas redondezas do país dela, o que penaliza os interesses de um português que esteja interessado no Portugal pré-histórico. Mas esteve bem a Bertrand em adquirir os direitos de tradução desta obra nem que seja por uma solidariedade consequente entre nós, os dos pequenos países, que até escrevemos algumas coisas de jeito. Karin Bojs, a autora, nem tem página em inglês na wikipedia!...

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