02 janeiro 2014

O MOCHO

O mocho que enfeita esta entrada é o figurante de uma velha anedota que envolvia um hipotético papagaio palrador que acabou substituído à última da hora por um mocho. E, como o mocho não falasse, houve quem o defendeu repuxando de outros predicados seus que não eram importantes para a anedota: – Ele falar não fala, mas escuta cá com uma atenção!… Ora se este tipo de argumentação, de uma benignidade para além do ridículo, serve para nos rirmos na anedota, também costuma servir para ser levada a sério quando pouco ou nada há a dizer em prol de um actor político da nossa predilecção, embora se o queira elogiar a todo o custo.

Foi através de Ricardo Costa que descobri que os seus próprios colegas da secção de política do Expresso tiveram um ataque desses quando elegeram António Pires de Lima como o melhor ministro do governo. É o próprio a realçar o quanto são prematuros os elogios à actividade do ministro da Economia, que sobre actos e consequências, ainda não se viu nada, mas que, nestas fases preparatórias, já terá tido uma atitude muito competente!... O que já é menos tolerável – mas isso não podia Ricardo Costa referir – é que esta trivialidade seja o resultado de uma votação colectiva de jornalistas da secção de política de um jornal que se pretende de referência.

3 comentários:

  1. Caro Teixeira

    Desejo-lhe um Feliz 2014.
    Presuponho que continuo probido de dizer o que penso deste blog.
    E não se esqueça de uma referência ao nosso Arménio - que tem uma Fundação.

    João Moutinho

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  2. Pressupõe e pressupõe bem. Mas convém especificar, se a ideia for retomar os superlativos excessivos do passado, que continua proibido de dizer o que pensa deste blog… neste blogue. A minha autoridade cessa para além das suas fronteiras - o que não é de todo sugestão para que faça publicidade deste blogue noutros locais...

    Votos de um Bom 2014!

    PS – Que história é essa do Arménio ter uma fundação?

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  3. Lembrei-me da tentativa de protagonismo por parte de Arménio Carlos que quer fazer da CGTP algo mais que uma Central Sindical e querer derrubar um governo democraticamente eleito (e de que não sou apreciador) com o Calouste Gulbenkian que tinha nacionalidade arménia e de quem sou admirador (em quase tudo). E este último tem uma Fundação e o primeiro quer levar ao fundo.

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