23 março 2013

ARGO

Ontem finalmente vi o filme Argo, o grande vencedor da noite dos óscares. E não gostei. Por diversas razões. A menor delas é o descuido com os pormenores, inaceitável num filme com um orçamento de 35 milhões, que fez com que um Boeing 747 da Swissair (cena acima) fosse pintado à época (1980) …mas com a pintura errada (abaixo a pintura correcta). Ora numa equipa daquele preço parece-me obrigatório que quem pesquisa seja profissional. Se, naquela mesma cena acima, os automóveis acompanham em velocidade o Boeing 747 até à descolagem (+ 250 km/h), aí saímos do domínio da incompetência para passarmos para o do absurdo, incómodo num filme que pretende basear-se em factos reais. O faz de conta acentua-se quando o argumento ultrapassa o facto das autoridades iranianas, depois de se descobrirem ludibriadas, não fazerem descolar a sua aviação militar para interceptar o avião que acabara de descolar… Fiquei com a impressão que, tivesse havido porrada, Argo não se distinguiria estruturalmente de um daqueles filmes de acção de Steven Seagal ou Chuck Norris… Ben Affleck, pelos vistos, conferiu respeitabilidade à coisa

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